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sábado, 27 de julho de 2013

Poker com cartas marcadas


Ao meu lado no Café, dois amigos conversam-discutem informática.
Um que sim... é possível, o outro que não... não é possível.
As "coisas" aquecem e apostam 20 euros. A verificação é simples, um faz e o outro verifica se fez.

É um jogo de Poker com cartas marcadas.
Um deles aposta no que sabe e disso tem a certeza, o outro aposta no que não sabe, isto é, na probabilidade de não ser possível  ou de ser e o outro não saber.

Na verdade, dizer -"Sei que não é possível!" significa dizer -"Não sei se é possível!". Ou seja, um aposta na certeza do conhecido, o outro na incerteza do desconhecido.

A "ignorância escondida em assertividade" dá sempre posições anómalas, o que neste caso significa perder 20 euros.

Mas a aposta de "ser possível" pode ser um "bluff" esperando que o outro desista ao perceber o risco da grande incógnita da sua posição.
Mas, se foi "bluff", talvez o outro sem pensar, dominado pela sua "ignorância assertiva", aceite o risco e obtenha a vitória.

Eu gostaria de conhecer o resultado mas, qualquer que seja, a regra fundamental do Poker mantém-se: "Jogar poker nunca é com as cartas, mas sim com a personalidade do outro, ...manipulada pelas cartas".


Em qualquer conversa-discussão (casados, namorados, amigos, colegas...) muitas vezes esta regra é verdadeira, isto é, o problema só tem importância para ser uma bola entre jogadores.

Esta forma de estar não é genética. Olhando à minha volta, concluo que é apenas uma aprendizagem obtida pelas relações que, enquanto crianças, assistem-vivem com os pais.
Tecnicamente, chama-se "modelagem cultural", ou seja, a regra é "como tu aprendes, ...como tu serás".


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