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sábado, 31 de janeiro de 2015

Romeu e Julieta, paixões e neurociência



Com este olhar de êxtase (apaixonado??) o que se passará no cérebro deste nosso "primo"????
O Romeu e a Julieta também se olhariam com este olhar???
Os neurónios trabalharão todos da mesma maneira quando há um EAC, um Estado Alterado de Consciência????
Parece que sim que na verdade as sinapses neurais (ligações entre dois neurónios) funcionam todas da mesma maneira, pelo que parece que os estudos e investigações neurais nos ratos servem apenas para compreender melhor os humanos.
(“Dynamic Increases in Dopamine During Paced Copulation in the Female Rat”, W. Jenkins; J. Becker, in J. Neuroscience, 2003)


Sinapses neurais

De um modo simplificado, um estímulo é o resultado de uma percepção e a percepção é o resultado de bio-electriciadade a fluir nas redes neurais.
O factor crítico do funcionamento é o interface entre dois neurónios que permite que a saída de um (output) se traduza numa entrada (input) para outro e assim sucessivamente, criando cadeias de contaminação, originando as progamações (scripts) e detonando sentimentos (estados de espírito) e comportamentos.

O mecanismo é simples, é uma espécie de Efeito Dominó, isto é, um "incendeia-se", contamina o seguinte e assim sucessivamente, seguindo a rede dos padrões instituídos:

... e o orgasmo acontece com tudo a mudar à sua volta,
 pois ele existe no córtex e não nos genitais..
e assim vive a actividade sexual, isto é, [...antes e depois da queda da tensão (orgasmo) os estados de espírito são diferentes].

Na ligação entre dois neurónios o crucial são os receptores dos impulsos pois, ou estão bloqueados e nada acontece, ou estão sensíveis e tudo acontece e se os disponíveis são poucos... pouco acontece, se são muitos... muito acontece. 
Quem controla esta situação são os neuroquímicos (hormonas e neurotransmissores) em que, por exemplo, o vício da heroína altera condições de recepção criando bloqueios nos receptores:


O gráfico expressor do mating, a estratégia dos genes para muitas e diversificadas fertilizações, permite visualizar o "jogo" dos neuroquímicos agindo a defender e potenciar essa estratégia. Assim surge o ciclo standard do orgasmo.
(Referências:
Blog Pinçamentos "Sexo, Altos-e-Baixos, fidelidades e infidelidades", 17Jan2015; clickar aqui
"Sexo, Dança do varão, Kamasutra e Tantrismo" 24Dez2014, clickar aqui.  
“Brain Activation During Human Male Ejaculation,”, G. Holstege, et al., J. Neuroscience.Oct. 2003.
"The Mating Mind: How Sexual Choice Shaped the Evolution of Human Nature", G. Miller, London: Heinemann, 2000.)

Ciclo do orgasmo

Considerando apenas o gráfico do mating e esquecendo o complementar gráfico do bonding, com suas possíveis alternativas,  ter-se-á:


onde existem, ANTES e DEPOIS do orgasmo, dois mundos diferentes de "turbulências" de neuroquímicos, uma espécie de ciclo "prazer-ressaca" que cria estados de espírito e comportamentos distintos.

Antes é o mundo da Dopamina centrada na antecipação e no desejo, mais que na gratificação, pressionada por outros neuroquímicos tais como a testerona e o oxytocin.
Depois é o mundo da Prolacticina centrada na "ressaca", no isolamento e na procura de novos parceiros, apoiada pela redução dos anteriores e pela intensificação de outros, por exemplo, o serotin e os opiáceos.
Este rescaldo dura entre 1 a 2 semanas para voltar ao normal e tem o aspecto de:

 "Panorama" da ressaca neuroquímica depois do orgasmo
até regressar ao normal
Em estudos efectuados, as características dos "altos-e-baixos" das flutuações da Dopamina podem expressar-se em:


pelo que convém não confundir a hipo-actividade pós-orgasmo com relaxação (dormir profundo não é relaxação) nem a "falta-de-mal-estar com "existência-de-bem-estar" (não estar infeliz não significa estar feliz), portanto o resultado do orgasmo pode [...não ser alcançar um bem-estar, mas sim evitar o mal-estar da tensão existente].
Assim, o alívio como prazer fica confundido com o prazer da alegria... resultando um soninho descansado pelo fim do incómodo (a tensão sexual) e não a energia vibrante do encontro com a êxtase (relaxação sexual), como é salientado pelos taoístas.

Porém as intensificações da Prolacticina (criadora do alívio como prazer-recompensa) arrasta "queixas e lamentos", baseadas na "insatisfação e desejos de um novo par", e trazem consequências:

[Historicamente estas consequências têm sido chamadas depressão pós-coito, impotência orgástica ou espermatorreia e a "cura" normal é ter mais orgasmos o que origina melhorias a curto prazo mas intensifica as consequências a médio-longo prazo com ciclos seguintes de maior intensidade de:

- Agitação, irritabilidade, insatisfação, desejo de menor contacto com outros, choro, ansiedade, fadiga;
- Hostilidade, pensamentos confusos, sentimentos de insegurança, carência emocional;
- Auto-análise compulsiva ou do par, ciúme, intenso desejo de fuga, isolamento;
- Esquecimento, ânsia por substâncias ou actividades que aumentem a dopamina, atracção por potenciais parceiros. 

Em forma aguda são dores de cabeça, confusão mental debilitante, cansaço, dores musculares, ansiedade social grave, o chamado ciclo de POIS, Post-Orgasmatic Illness Syndrome (Síndrome da Doença Pós-Orgasmática).]

(“Specificity of Neuroendocrine Response to Orgasm During Sexual Arousal in Men”, T.Kruger Psychoneuroendocrinology, 1998
 “Prolactin Release After Mating and Genitosensory Stimulation in Females”, M. Erskine, Endocrine Reviews, vol.1995)

Em termos neurais a situação é simples [...menos receptores, menos sensibilidade, reduzida percepção, bloqueios...]:


A  redução de receptores, fenómeno característico do aditismo (álcool, cocaína, ópio. etc), aumenta a ressaca e a dificuldade de regresso à homeostasia (equilibrio saudável) inicial, "exigindo" aumento de quantidade-frequência da substância para obtenção de não "mal-estar".

Filme de 2008 baseado
na novela de L. Tolstoy
Como dizia L.Tolstoy, na sua novela muito censurada logo no séc. XIX (Rússia e USA), "The Kreutzer Sonata", com a acusação de moral sexual prevertida, incidente sobre a turbulência dos amores humanos do tipo [...animais e grosseiros]:

"...um período de intenso amor [sexual] é seguido por um longo período de raiva, um período de suave amor induz um suave irritação. Não percebemos que este amor e este ódio são, nos animais, duas faces opostas do mesmo sentimento."

Na verdade, sob o microscópio da neurociência, o sexo e seu orgasmo é a abertura de uma Caixa de Pandora cheia de neuroquímicos em equilíbrios turbulentos, afectando o funcionamento do corpo nas relações somapsíquicas (corpo-mente) através das 3 áreas do cérebro, reptiliano, límbico e racional. O córtex límbico (mammal), funciona como centro de comando de toda a actividade neuroemocinal:
Exemplo:


Vamos imaginar que um sentimento de hostilidade é a consequência da ressaca do orgasmo devido à alta intensidade da prolacticina que altera o córtex límbico.

A relação entre o límbico e o racional é ambos responderem um ao outro e, normalmente, o límbico (emoções) "manda" e o racional "obedece", planeia, executa e justifica tudo.


Assim, enquanto a hostilidade está "viva" no córtex límbico, é feito um "pedido" ao córtex racional para este "justificar" a hostilidade, encontrando a evidência, a prova da sua legitimidade.

Neste processo, normalmente, há uma desproporção lógica entre a intensidade energética da emoção (aqui hostilidade) e a importância-urgência da causa apresentada como  "lógica".
No exemplo, a hostilidade é devida ao facto de "a pasta de dentes estar destapada".

Na etapa seguinte, o mecanismo é o inverso, agora é o pensamento (a causa encontrada) que procura uma emoção correspondente, digna de ser disso consequência.

O processo é um crescendo contínuo de intensidade (circulo vicioso) com a regra de "a fase seguinte ser desproporcionada (maior intensidade) em relação à fase anterior" criando uma escalada cega.
No exemplo, surge uma emoção de ataque - " Vou matar alguém"!


O Doing love, apesar de seguir este mecanismo no seu mating, tem sobre ele um relativo controlo originado na existência discreta do seu bonding, devido à sua influência.


Doing love
É interessante o termo "womanizer"
aplicado a Casanova, na titulagem do quadro
Casanova com seus amores saltitantes poderá ser um símbolo do Doing Love, seguindo o esquema neurológico de um mating coexistindo com um bonding quase inoperante:


Na época e sua classe social talvez Casanova desenvolvesse um certo número de maneirismos de um bonding sentido e verdadeiro, fugindo às formas [...animais e grosseiras...] citadas por Tolstoy (vide "The Kreutzer Sonata"), cuja inexistência é característica do Taking Love dos violadores e estrupadores da época actual, apesar destes às vezes usarem um kit de "mascaradas" de bonding.

Possivelmente na época de Casanova ainda existia muito viva a herança do amor trovadoresco da Idade Média, talvez influenciada pelo pensamento dos cristãos Cátaros no sul de França (sec X a XV), a respeito do papel e posição da mulher  na vida, nas relações e na espiritualidade. 
Foi um movimento muito forte e enraizado que originou a sangrenta cruzada contra os Cátaros que não aceitando as muitas pressões e negociações de integração do Vaticano, acabaram dizimados como hereges pela cruzada (35 anos, com 3 fases) do Papa Inocêncio III (séc XIII).

PS - É interessante que na cultura ocidental a posição humana característica de mating (procriação) seja  chamada a "posição do missionário" a qual, nessa forma simplificada, raramente é modelizada na cultura oriental.

Na prática, o modelo do Doing Love facilita a estratégia neuroquímica dos genes na construção da sua sobrevivência e imortalidade com [...muitas fertilizações em pares diferentes], aproveitando as facilidades introduzidas pelo ciclo do P.O.I.S., com a factor ressaca do orgasmo nos dois parceiros.

Uma história de muito mating e pouco bonding, ou os efeitos da Prolactina::

António regressa do Hospital com os resultados das análises e o diagnóstico, sabendo que só tem 24 horas de vida. 
Limpando as lágrimas da mulher e abraçado a ela, o António pede para fazer amor. Ela concorda. 
Seis horas depois, já deitados, António pergunta-lhe: - "Podemos fazer amor outra vez?" e ela concorda. 
Mais tarde, António repete: - "Querida? Por Favor… Só mais uma vez antes de morrer" e tudo se repete. 
Três horas mais tarde ele toca-lhe no ombro: "Querida, poderíamos ...?" 
Ela senta-se abruptamente, vira-se e diz: "Olha lá… António!....Eu tenho que me levantar cedo… TU NÃO!!! "

Na verdade no doing love tudo é dominado por [... fertilizações até que a prolactina dá a ordem: "- Já está, ...agora outro parceiro, é preciso diversificar"].
Em estudos efectuados na observação do CIO em animais, é raro o macho, depois de consumar a fertilização, continuar interessado em repetir, normalmente aproxima-se e ...desinteressa-se, -"O dever foi cumprido,... Adeus!"

Porém, quando também existem estratégias de bonding a situação não tem esta simplicidade, se bem que no ciclo do orgasmo possam ainda aparecer períodos de aborrecimento de 1/2 semanas, os chamados "baixos" do casamento(???), até tudo voltar à normalidade da atracção como, por ex., sucede no Making Love.

Na lua-de-mel ou quando o bonding é intenso e com características diferentes, por ex., em Happening Love, Karezza, taoistas, tantric,..., com os chamados "altos" do casamento(???), pode não existir este efeito de aborrecimento em relação ao que era atractivo.

É preciso não esquecer que o ser humano está programado ...TAMBÉM... para desobedecer (positiva e negativamente) às programações instituídas.

Apresenta-se um pequeno video (4m35s) de UMA Casanova moderna, liberta de maneirismos artificiais tipo bonding, costumeiros nos disfarces e subterfúgios actuais das campanhas de mating para conseguir obter resultados.

De salientar que, no vídeo, apesar das tentativas de bonding do parceiro masculino, ela apenas está focalizada no mating, ou seja, "...nada de fintas!!", quer sejam antes ou depois do pico "neuroquímico" do orgasmo. isto é, um autêntico "Doing love" sem nenhumas características da violação de um "Taking love":

(e esperar uns segundos até abrir, se a meio parar clickar no começar)

Romeu e Julieta
Romeu e Julieta é o relato de um dating ou talvez de uma lua-de-mel clandestina com problemas contextuais mas não ultrapassa a fase inicial, pois não entra na fase da convulsão pela interacção mating-bonding:

Depois da lua-de-mel qual o caminho seguido??
A questão é saber o que acontecerá na convulsão dos neuroquímicos das fases pré e pós-orgasmo.
Não é uma questão de programações automáticas porque elas sempre existirão, mas sim de definir como se usam.
Esta é a questão a resolver com "negociações" entre o córtex límbico e o córtex racional ou, por outras palavras, é resolver se o resultado ficará mais perto do CIO comum aos animais ou mais afastado dele e mais perto de um bonding humano. A escolha de um ou outro só dependerá das "negociações".

Porém nas "negociações"humanas há um factor diferencial muito importante se compararmos os cérebros humanos  e animais:

é que a proporção entre o córtex límbico e o córtex racional não é a mesma nos humanos e nos restantes animais. Os humanos têm mais condições para "negociar" pois o seu córtex racional tem mais condições de enfrentamento positivo e negativo.

Estas "negociações", na História, já vêm de longe pois já os primitivos taoístas recomendavam diferentes formas de mating para concepção ou para prazer, terapia ou desenvolvimento espiritual. Curiosamente, os Cátaros faziam esta diferença.
("Art of the Bedchamber - Chinese Sexual Classics including women meditation texts", Douglas Wile, N.Y., State University of New YorkPress,1992)

Os taoístas salientavam que para retomar o equilíbrio no pós-orgasmo a solução não era mais orgasmos ou abstinência, mas sim [...outra maneira de fazer sexo com o par], por outras palavras, era fazer o córtex racional partilhar com o córtex límbico qual a orientação a seguir, "entendendo-se" entre si.

Este "entendimento", com os seus 5 factores dominantes, é um alicerce do sexo taoísta e tântrico :

- Presença - "double bind" sensorial, dupla conexão de [...sentir a mão que toca e o que é tocado", "...sentir o outro e sentir-se a si com o outro", etc;
- Relaxação - não é hipo-energia mas energia equilibrada e expandida, [...sentir e sentir-se a sentir];
Intimidade - nos seus quatro níveis: corporal, emoções, sentires, sentimentos (estados de espírito resultantes das emoções e sentires);
- fluir - a duplicidade da acção conjunta: coação (propor ao outro) e co-acção (aceitar a proposta do outro), ou numa imagem taoísta [...quando o homem e a mulher são ambos o barco e o timoneiro um do outro];
- consciência-conhecimento do momento - isto é, [...nunca entrar em automático] por ficar um zombie obediente aos neuroquímicos e esquecendo tudo o resto, ou por ficar um zombie nos neuroquímicos enquanto vê o resto (TV??, ler o jornal??, pensar em alguém??)... o que num conceito psicológico actual é nunca sair do "Aqui-Agora".

O factor crítico é que estes 5 factores obrigam o córtex racional a funcionar em pleno na sua partilha com o límbico, o que não acontece no sexo convencional. Segundo diversos autores, o hábito do sexo convencional é uma espécie de droga que leva tempo a desaparecer, tem "recaídas" a meio e tem sempre os neuroquímicos a comandar. 

Segundo esses autores, o tempo necessário são 3 semanas de agir diferente numa acção conjunta de partilha dentro do par vivendo os 5 factores, obtendo assim uma mudança de hábitos mentais, comportamentais, emoções, sentires e ciclo de recompensas,
A consequência fundamental é a alteração do sistema de recompensas instituído no córtex:


Parece que quando a mudança é conseguida, não só toda a vida se altera, como o regresso ao sexo convencional nunca acontece. 
Talvez seja esta a mudança espiritual falada pelos taoístas, tântricos e Cátaros que, se a conseguiam fazer, não conheciam nada de neurociência nem dos meandros intrincados dos circuitos acima representados, nem das convulsões neuroquímicas que os afectam.
Esta é a esperança dos humanos que acreditam que estão programados para não aceitar programações, com o slogan de automotivação "os neurónios são meus".


Para terminar 

Um pequeno vídeo sobre bonding (4m37s) em que a situação é simples:

Um pai e uma mãe (casais diferentes) visitam um Campus universitário distante para passar algum tempo com o filho/filha, aproveitando os períodos livres no horário das aulas.

Não se conheciam mas, esperando pelos intervalos, acabam por se encontrar e passar muito tempo juntos enquanto eles estão em aulas.
Conversam, sintonizam-se e acabam numa intimidade de sentires e emoções, feita de presença e fluir de acções em relaxação, nascendo uma situação de dating-bonding que se desenvolve sem "eles-saberem-apesar-de-saber", flutuando felizes no aqui-agora.

Quase no fim do dia, entram num anfiteatro onde está decorrendo uma aula de teatro. 
Assistem e, de repente, a Professora pede-lhes que representem uma cena. Aceitam e ela sem os deixar ensaiar dá um objectivo diferente a cada um para improvisar ao sabor das deixas do outro. 

O objectivo dele seria "tentar levá-la a deitar-se com ele" e o dela seria "tentar que ele faça uma torta". Mas no decorrer da improvisação a vida explode e acontece quando o não-consciente sobe e se instala no consciente.  

À semelhança do Romeu e Julieta com suas limitações contextuais, também eles... apesar da intensidade do bonding também não têm futuro. 
De reparar que, no fim, quando a vida acontece a sua intensidade contamina a assistência, em termos da neurociência é apenas o papel e a função dos "neurónios espelho", é por causa deles que se vai ao cinema, ao teatro e ao futebol.
(Mirror Neuron Systems: Role of Mirroring Processes in Social Cognition (Contemporary Neuroscience) 2010, Jaime Pineda (Editor))


(e esperar uns segundos até abrir, se a meio parar clickar no começar)

Na verdade nunca saberemos o que aconteceria ao Romeu e Julieta se tudo fosse normal e vulgar, pois nunca passaram para além do dating, ou seja, quando a turbulência dos neuroquímicos também entra na história.  

As histórias infantis acabam sempre em "casaram e foram muito felizes", escamoteando que é a partir daqui que a verdadeira história vai acontecer.

Na verdade, "Romeu e Julieta" é uma história infantil para adultos... pois as histórias infantis também nunca [...passam para além da Trapobana em perigos e guerras esforçados...]* porque é depois do inicio que existem as tempestades cerebrais dos neuroquímicos.

*- como diria Camões





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