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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Abelhas, Inteligência e Educação


Tudo começou com uma simples questão:

- "Porquê esta crença "instintiva" de que os animais não têm sentimentos (emoções sentidas) nem ideias (abstracções)?"

Será porque é uma verdade de senso comum do género "a Terra é plana"?
...ou porque é uma verdade de senso pensado do género "a Terra é redonda"?

E se for senso pensado será apenas uma verdade criada para facilitar aceitações psicológicas à exploração dos restantes viventes do planeta e funcionar como justificação?
...ou será racionalmente instituída?


É verdade que culturalmente além da diferença animais-humanos, se faz também diferença entre animais invertebrados e vertebrados, e nestes se diferenciam os vertebrados superiores dos restantes… 

-"Gosto muito do meu cão, trato-o como uma pessoa…",

mas vai também à tourada onde paga para aplaudir a tortura do touro "…porque ele não sente.." e "…porque assim é protegido em quintas…" para depois poder ser torturado e morto com alegria em festas. Como se repara é uma interessante desculpa de Psico Lógica prática.

Espanta-me a sobrevivência desta esquizofrenia cultural, aliás habitual na justificação doutras áreas, como por exemplo, na escravatura, submissão feminina, ditadura democrática, disciplina sindical e partidária, etc.

Não detectei a origem, nem o processo desta fissura cultural humanos-animais, mas encontrei migalhas desse caminho e também propostas actuais já institucionalizadas em pontes para tirar a fissura. 

Em síntese, o "incómodo" é o da Mafalda:


isto é, a actual fissura humanos-animais parece ser um dilema entre duas posições:

A - os animais são apenas máquinas biológicos, com programações standarts chamadas instintos, sem emoções nem inteligência decisória, abissalmente diferentes dos humanos, isto é, são apenas "coisas vivas"; 
ou
B - os animais são seres biológicos como os humanos, têm instintos, emoções e ideias, se bem que expressas em estruturas orgânicas e neurais diferentes mas semelhantes na estrutura molecular e nas funções, isto é, são ambos "intenções vivas".

Como dizia Darwin, [...a diversidade biológica é o resultado de um processo de descendência com modificação, onde os organismos vivos se adaptam gradualmente através da selecção natural e as espécies se ramificam sucessivamente a partir de formas ancestrais, como os galhos de uma grande árvore: a árvore da vida.]



No início da pesquisa encontrei uma mudança institucional interessante. A Universidade de Toulouse alterou o nome do Departamento de Comportamento Animal para Cognição Animal.
Parece-me ser uma mudança da perspectiva do animal como máquina biológica de funções automáticas para um vivente cognitivo, alargando (abandonando?) a perspectiva Skinneriana.

Parece ser uma abertura da Ciência institucional à perspectiva da inteligência nas outras espécies, anulando a barreira entre humanos e outros viventes, em que desaparece o conceito de "organismos incognitivos".
Como ex., a actual pesquisa sobre bactérias acerca da rápida disseminação da sua resistência a novos antibióticos, de dezenas de anos a meia dúzia, e da hipótese  de ser aprendizagem e sua disseminação na espécie (comunicação?).

Na UK estuda-se as formigas numa "cidade e campo" artificiais construída tipo BigBrother para observação; um Biólogo austríaco estuda cognição em amibas; no Japão investiga-se a visão de cores nos insectos, o olfacto em grilos e a neurologia das borboletas.
Na América do Sul descobriu-se que o sistema nervoso das abelhas produz opiáceos, o que talvez sigifique que devem sentir dores (emoções?) e por isso produzem biologicamente analgésicos.

Parece que o século XXI é o século de abrir portas e caminhar no desconhecido da Biologia.

Na realidade, as portas "fecharam-se" quando surgiram paradigmas científicos nesse sentido, como por exemplo, no século XVII  R. Descartes no seu "Discurso do Método" (1637), após na 4ª Parte analisar o Homem, sua alma e a dinâmica do "Penso logo existo", fala na 5ª Parte sobre os animais (realce nosso):


[... E isto não prova somente que os animais têm menos razão que os homens, mas que não têm absolutamente nenhuma
...não é crí­vel que um macaco ou um papagaio, mesmo um dos mais perfeitos de sua espécie, se igualasse a uma criança das mais estúpidas ou, pelo menos, a uma criança de cérebro perturbado, se a alma deles não fosse de uma natureza completamente diferen­te da natureza da nossa. 
...É tam­bém notório que, embora haja muitos animais que demonstram mais engenhosidade do que nós em algumas das suas ações, vê-se, contudo, que os mesmos não demonstram nenhuma em muitas ou­tras; de modo que o que fazem melhor que nós não prova que tenham espírito; pois, desta forma, tê-lo-iam mais do que qualquer um de nós, e agiriam com mais acerto em todas as outras coisas; mas, pelo contrário, prova que não o têm, é a natureza que neles opera de acordo com a disposição de seus órgãos, assim como se vê que um relógio, composto apenas de rodas e molas, pode contar as horas e medir o tempo com muito mais exatidão que nós, com toda a nossa prudência…].
(pag 65/66, Ed. Martins Fontes, Brasil)

Mas Descartes não estava sozinho, no mesmo século Francis Bacon (UK) criticava quem atribuía objectivos e intenções a não-humanos, pois isso era uma actividade especificamente humana e fazê-lo não passava de antropomorfismo, isto é, um atribuir características humanas a não-humanos.

O tempo passou e no século XX, Jacques Monod, biólogo, Nobel de Fisiologia-Medicina 1965, diz no seu livro "Acaso e Necessidade" que […o pilar do método cientifico…consiste na negação sistemática da existência de intenções na natureza…] e referindo-se às abelhas diz que a colmeia é "artificial" pois […representa o resultado da actividade das abelhas, mas há razões para pensar que é uma actividade estritamente automática, imediata e não conscientemente planeada.]

Porém há vozes dissonantes.

John Lock (UK) diz que os animais têm percepção, memória e razão, faltando-lhe abstracção, David Hume, escocês, diz que os animais podem raciocinar e aprender pela experiência como os humanos e A. Schopenhauer (alemão) acredita que os animais aprendem e têm livre arbítrio.

Mas o que achei mais interessante foi Darwin sugerir que os humanos estão ligados por hereditariedade com as outras formas de vida, posição muito semelhante às crenças do Budismo.
Na "Origem das Espécies" ele afirma que todos os seres vivos, incluindo humanos, vêm de uma origem comum por processos de selecção natural intra e inter espécies.

A aceitar este paradigma e simultaneamente aceitar que nas etapas a meio do percurso os nossos antecedentes foram (e são) mecanismos sem alma e sem mente, então nós humanos algures na evolução somos apenas "filhos" de progenitores que são "calhaus biológicos", mas deles nascemos com alma,  razão e mente, numa espécie de mutação uterina.

Uhauuu

...teremos que repensar quem somos e quem é a nossa anterior família de "maquinaria biológica" ou negar a "Evolução das Espécies".

Outra alternativa é a versão religiosa de acreditar numa intervenção divina que fez a mutação qualitativa  ao "soprar alma para dentro da maquinaria biológica".


Porém, Darwin em "The Expression of the Emotions in Man and Animals" (1872) descreve animais com autoconsciência e emoções e diz que […uma pequena dose de raciocínio e julgamento existem mesmo em animais na escala inferior da natureza],

e em "The descent of man" (1871) falando da faculdade mental das formigas diz:

"…as formigas certamente comunicam informações umas às outras e unem-se para o mesmo trabalho ou  jogos. Reconhecem outras mesmo depois de meses de ausência e mostram simpatias.
Constroem grandes edifícios, limpam-nos, fecham portas à noite e põem sentinelas. 
Fazem estradas, túneis sob rios e pontes sobre eles. Recolhem alimentos para a comunidade e se um objecto muito grande é trazido para o ninho aumentam a porta e depois reduzem-na. 
Armazenam sementes, de que impedem a germinação, e se forem húmidas levam-nas para a superfície para secar. Mantêm pulgões e outros insetos como "vacas-leiteiras". 
Saem para batalhas em grupos regulares e sacrificam vidas pelo bem comum. Emigram de acordo com um pré-plano, capturam escravos. 
Deslocam os ovos dos pulgões e os seus próprios e casulos para partes quentes do ninho, a fim de  nascerem rapidamente…],

e Darwin conclui [...as faculdades mentais do homem e dos animais inferiores não diferem em essência, embora bastante em grau… ] (realce nosso)


Síntese em modelo

Como conclusão global, o modelo é relativamente simples quer se acredite, ou não, que os animais têm emoções e intenções:

1º - Duas faces da mesma moeda

A relação da vida com o seu contexto é gerida por um equilíbrio entre instintos (scripts pré-programados) e intenções (cognitividade decisória). O seu equilíbrio quantitativo e qualitativo varia com a espécie, factores, circunstâncias, etc.

Há duas perspectivas diferentes, numa delas, os animais nunca têm intenções (por ex., Descartes), na noutra, humanos e animais têm instintos e intenções (por ex. Darwin) em várias percentagens.


2º - Programação automática

Num extremo existe um "desequilíbrio" a favor do predomínio do instinto (pré programação) e esvaziamento da intenção, pelo que o comportamento será apenas o resultado cego da programação instituída e automática.

Deste modo os efeitos da intenção são desprezáveis e inoperantes, pelo que o conjunto é uma espécie de "relógio vivo" obedecendo apenas "às leis do seu  funcionamento".
Na perspectiva cartesiana este é o mundo dos animais, na perspectiva de Darwin existe sempre uma certa plasticidade resultante da intenção, por reduzida que esta seja.


3º - Cognição decisória

No outro extremo existe um "desequilíbrio" a favor do predomínio da intenção e esvaziamento do instinto, instituindo assim o mundo do livre arbítrio e da problemática do comportamento moral e ético.

Na perspectiva cartesiana, com o seu "penso logo existo", este é o mundo privativo e por excelência dos humanos, mas na perspectiva de Darwin existe sempre instinto e intenção em todos os animais, por muito reduzido que um esteja, estão sempre os dois a funcionar.




4º - Continuum instinto-intenção

Os dois extremos citados definem um continuo ao longo do qual se localizam "desequilíbrios equilibrados" com percentagens diferentes de instintos-intenções em função das espécies.

Segundo Darwin todos têm a mesma origem, isto é, [...não diferem em essência, embora bastante  em grau… ].

O interessante é que este continuum, na perspectiva biológica, expressa diferentes equilíbrios entre as espécies mas, numa perspectiva sociológica, expressa também diferentes modelos educativos e civilizacionais.
Por exemplo, modelos autoritários quer políticos (ditaduras) quer organizacionais (disciplina, submissão) pressionam a existência de "programações automáticas" e o bloqueio das "cognições decisórias".

Na educação dos filhos em família e na escola o modelo pode ser observado. 
De forma simples, cada um poderá pesquisar o seu caso, bastando indicar um valor de 0 a 10 para as práticas educativas que sentem ser as que os vossos filhos vivem, ou seja, como são educados e para isso bastará fazê-lo apenas em três níveis de problemas para se obter um perfil:

Auto Teste do Educador
PS - De forma imediata pode aplicar-se noutras situações desde o trabalho ao casamento, relações especificas de colegas ou amigos, formações havidas e até relações institucionais de hospitais, policia, impostos ou comerciais,... talvez seja possível conhecer melhor onde se vive e com quem se vive.

Como exemplo: 

Soldado Milhais e sua
 Torre e Espada
É interessante notar que a cultura militar de estritas obediências, modelo "programação automática" existente, por ex., na 1ª Guerra Mundial, tem o paradoxo de depois se darem medalhas de Torre e Espada exactamente aos que se distinguem por fazer "cognição decisória" (inovar fora das regras), acção contrária à cultura, regras, permissões e treino recebido no modelo "Yes Sir".

Foi o caso do soldado Milhais que recebeu a medalha Torre e Espada porque sozinho, em vários dias, decidiu e agiu, não uma mas várias vezes, tomando decisões extra-instituição que transformaram a derrota em vitória.


Ainda como complemento, salienta-se que as formatações de combate tipo "corajosos, unidos e em programação automática" características dos séculos XVIII, XIX e 1ª Guerra Mundial foram claramente postas em causa na Cochinchina (sec XX), Vietname no tempo dos franceses em que estes armados e treinados ao estilo "programação automática" foram derrotados por grupos quase desarmados, mas pensando em estilo "cognição decisória".

O livro do jornalista australiano Wilfred G. Burchett "Vietnam - Inside story of the guerrilla war" (1965), editado pela Seara Nova com o titulo "Vietnam segunda resistência", é bastante elucidativo a este respeito.

No mesmo sentido, já em 1805 na Batalha de Trafalgar, a Armada Invencível, comandada pelo Almirante Villeneuve, tinha o estilo de "obediência automática" à estratégia de enquadramento que ia sendo emitida durante a batalha pelo navio almirante através de bandeiras.

Pelo contrário o Almirante Nelson em reunião prévia deu liberdade de "escolha decisória" aos comandos dos navios após o inicio da estratégia estabelecida e confirmada apenas pelo célebre sinal de bandeiras "England expects that every man will do his duty" (Inglaterra espera que cada homem cumpra o seu dever) que foi içada nos navios.

Como resultado, a poderosa e bem artilhada Armada Invencível foi derrotada por uma Armada menor e com menos canhões, mas com liberdade de decisão apoiada numa estratégia militar que consentia, favorecia e aproveitava essa liberdade.

Aliás, utilizando o mesmo modelo, a vitória de Aljubarrota pode ser analisada como sendo também o jogo vitorioso da cognição decisória "de poucos e pouco armados", com uma estratégia militar que o favorecia e aproveitava, sobre a programação automática de "muitos e muito armados" da então considerada a melhor cavalaria militar da época.

Em todos estes casos não foi uma questão de poder da força mas de poder da inteligência.

Como síntese, um esquema mnemónico global:




Exemplo ==> Abelhas

O tema é simples, com o cérebro do tamanho de uma cabeça de alfinete,

... a abelha tem ou não tem cognição decisória? … Isto é,
…constrói alternativas e escolhe, ou não? … Isto é,
…tem pensamento abstracto ou não? … Isto é,
…tem a mesma essência mental (em diferente intensidade) ou é um "calhau biológico"?

A primeira conclusão é que as abelhas vivem meses, portanto se aprendem, têm que aprender depressa. A validação da aprendizagem pode ser simples, isto é, se o comportamento muda com uma nova estimulação é porque houve aprendizagem e, se essa estimulação oposta à estimulação instintiva altera o comportamento, não só houve aprendizagem como alterou pré-programações, criando "plasticidade comportamental".

Martin Giurfa, investigador do CNRS (centro francês de Investigação científica) fez uma experiência simples, cujo resumo resumido é o seguinte:

1. uma "câmara de decisão" com dois caminhos, um sinalizado com cor azul e outro com cor amarela.
2. o caminho com cor azul leva a uma substância açucarada e a cor amarela não.
3. depois das primeiras experiências, é proposto um labirinto com entroncamentos azuis e amarelos. As abelhas seguem os azuis…isto é, tinham aprendido e estavam aplicando o conhecimento adquirido fazendo decisões sobre o melhor caminho a seguir.
4. depois substituindo as cores por traços paralelos verticais e horizontais, o resultado foi o mesmo: seguiam os que levavam à substância açucarada e abandonavam os outros.

…pelo que as abelhas com o seu cérebro microscópio pensavam e seguiam regras abstractas…pois o instinto não contém estimulações "sim e não" para traços verticais e horizontais.

Muitas vezes explica-se a "inteligência" da colmeia com o conceito de "inteligência de enxame" uma espécie de conjunto de "partes estúpidas" que origina "inteligência emergente", para validar a perspectiva do Descartes, Monod, e outros.

É uma explicação cientificamente interessante pois baseia-se no conceito de emergência dos sistemas complexos, definida como "processo de formação de padrões complexos a partir de uma multiplicidade de interações simples"

Todavia há uma grande diferença entre comportamento grupal e decisão grupal. 
O mesmo comportamento de um grupo de pedras não permite concluir uma decisão integrada das pedras. Mas o mesmo comportamento num grupo de pessoas implica sempre uma decisão integrada dessas pessoas. 
É preciso não confundir um sistema complicado com um sistema complexo, o primeiro não tem inter-informação circulante (grupo de pedras), o segundo tem (grupo de pessoas).

Assim, a questão é:

para existir "inteligência emergente no enxame" o enxame tem que ser um sistema complexo e não um sistema complicado, para ser sistema complexo o seu elemento constituinte (a abelha) tem que processar informação, se processa informação não pode ser "um calhau biológico", isto é, um robot-automatizado. 

Parece que o Darwin tem razão, ou então os adeptos da "inteligência de enxame" com abelhas tipo robot-autómato (modelo Monod) devem acreditar que juntando vários e bons relógios suíços poder-se-á originar uma "inteligência relojoeira emergente" criadora de novas estruturas, como faz o enxame de abelhas… se isto não é Ficção Científica, pelo menos é Ciência Ficcionada.

Regressando às abelhas, M. Giurfa salienta que a plasticidade das abelhas não deve ser exagerada pois o pré-programado tem muito peso, mas isso não significa inexistência de plasticidade e diz que […ambos os princípios funcionam pois por um lado emergem regras para a colmeia e por outro lado a plasticidade da cognição individual tem um papel a desempenhar…], ou seja, é em tudo semelhante à sociedade humana pois esta com suas crenças instaladas e flexibilidade cognitiva, ao longo da História, tem "dançado" entre a ditadura, aceitando programações automáticas, e a democracia, impondo intenções.

Para terminar, há uma experiência curiosa a fazer ligação com a Educação.

As abelhas tem um instinto instalado que relaciona as cores azul e amarela com as flores que têm pólen, mas foi possível alterar esse instinto relacionando o pólen com outra cor e elas aprenderam, ...a plasticidade cognitiva alterou a rigidez do instinto.

Simplesmente, essas abelhas tiveram que ser mortas porque regressando à colmeia ensinavam as outras a alterar o instinto e a ficar com o novo estímulo artificial que só funcionava na realidade artificial fictícia, deste modo destruindo a condição de sobrevivência do enxame, com informação errada sobre a realidade.

A semelhança deste processo com gestões "maldosas" políticas, comerciais e económicas feitas na sociedade humana por informação e educação erradas é demasiado clara para ser desprezável e não nos obrigar a ser cuidadosos e lúcidos com a educação que damos. 

É suficiente ler as noticias actuais no massmédia sobre conflitos e dinâmicas politico-socais para reconhecer sinais claros do jogo manipulativo (ou inconsciente) da relação instinto-intenção de cada indivíduo com a informação "fictícia" sobre a realidade em que vivem. 



Conclusão

No plano das crenças emocionais, o "senso comum" diz que é mais seguro psicologicamente recusar que os animais são seres como os humanos e afirmar que eles não têm consciência e sentires …e, portanto aceitar o Descartes …e recusar o Darwin.

Gosta-se dos animais de estimação que temos como se gosta do automóvel, do sofá ou do fetiche a que se dorme agarrado de noite… mas nada de misturar sentires com "sentimentos".

Depois destes raciocínios, o "senso comum" diz-nos que é conveniente largar o intelectual e substituí-lo pela crença e bloquear empatias, isto é, no contínuo instintos-intenções ficar com o instinto do "sentimento que está cá dentro" de que animais não têm "sentimentos"...

…esta é uma Psico Lógica fundamental para se viver bem, não caindo na armadilha da Mafalda e poder comer à vontade "ovos mexidos com presunto":





Q.E.D. (??)




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