Os olhos são aquilo que nos une uns aos outros, que dizem o que queremos esconder e escondem o que queremos dizer… e também nos atiram para a solidão.
O olhar é mais que uma mensagem é uma conexão, a mensagem informa ("bate e foge") a conexão faz "um de dois"("bate e cola"), é uma porta de entrada na "zone" relacional.
(Ver blog "Sexologia, neurociência e política", Jan14)
Uma experiência possível da dinâmica do olhar é a chamada "conexão pupilar" em que se procura mergulhar com o olhar na pupila do outro.
Há alguns anos fiz uma experiência dessas com uma parceira momentânea, desconhecida e aleatória, e realmente houve uma tal sensação de queda e mergulho no desconhecido que nos levou a a afastar e terminar a experiência um pouco atordoados (assustados ¿¿) com o que tinha acontecido.
Depois, apesar de conversarmos sobre isso não se chegou a conclusões pois, como descobri muito tempo depois, estávamos ambos com o jogo do "bate e foge", isto é, "quer-se saber mas, se isso é possível, foge-se rapidamente", porém:
"Quem procura a verdade não se pode escandalizar quando a encontra".
Todos nós sabemos/sentimos o "mistério" dos olhos", pois todos sabemos ler as palavras dos olhos e falar com os olhos…simplesmente andamos embotados com a rotina.
Encontrei um caso que me encantou onde Sean Penn (em "21 grams", 2003), de uma forma magistral, tem uma longa conversa connosco em apenas 21 segundos, dizendo:
- …vou esperar...
- …então…
- …e agora…
- …repito ???
- ...SIM!!!
- …vou ter sorte ???
- ...talvez…
- … penso que não…
- ...NÃO…mesmo??
- …não há hipótese…
- …vou-me embora…
- …acabou!!!
só é preciso ver as 12 posições dos olhos dele….
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