Recebi um teste pela Internet para ver se sou dominado pelo hemisfério direito ou pelo hemisfério esquerdo.
A ideia é simples, consoante se vê a figura a rodar no sentido do relógio ou do contra-relógio, detecta-se se a interpretação é dominada pelo hemisfério direito ou pelo esquerdo.
No seu caso é dominado pelo hemisfério esquerdo ou pelo direito ???? Aposto que é pelo direito!
Isto irrita-me, se consigo levantar o pé que quero e mexer a orelha que escolho, não consigo controlar os meus neurónios? Só posso ver o que eles querem? Mas afinal o córtex é meu ou EU sou dele ???
Grrrrr!....Grrrrrr.....!
GRRRR!….GRRR!…..
Resolvi aprofundar e andei alguns dias "embrulhado" no problema.
Tenho uma cadeira e tenho o chão, onde me vou sentar?
Quem decide? O córtex decide ou cumpre a minha decisão?
Noutras palavras, a questão é:
A minha dúvida é… se ele diz o que vejo, também me diz o que faço!!!!!
Não me parece e se não considera, então, quem considera para fazer a escolha correspondente???
Então parece que o problema é de manipulação da mensagem e não de autonomia do córtex.
Mas e se for também de alterações do córtex??? Isto agora começa a ser mais divertido...!!!!
Quem decide? O córtex decide ou cumpre a minha decisão?
Noutras palavras, a questão é:
O cortex, obedecendo à minha decisão, activa os circuitos neuro-musculares que permitem sentar-me na cadeira ou, em alternativa, activa os circuitos neuro-musculares para me sentar no chão, ou sento-me onde ele quer?
A minha dúvida é… se ele diz o que vejo, também me diz o que faço!!!!!
É evidente que, na minha escolha, entram em jogo muitos outros factores além da cadeira e do chão, por exemplo, as dores nos joelhos são fortes??? Depois consigo levantar-me do chão??? O chão está sujo??? O que dirá o meu chefe??? E o meu avô??? E a minha roupinha nova e cara??? Pareço parvo??? ou pareço Hippy???
Numa decisão "cortexiana" o cortex considera todos estes condicionantes???
Cheguei à conclusão que todos somos 3 em 1, o executante, o observador e o decisor?
Quando estamos a dançar o cortex executa os movimentos do corpo, pernas e braços, o decisor decide se é valsa ou é tango que vai ser executado e o observador observa a pisadela que acabou de dar ao parceiro para o decisor decidir se pede desculpa (ou não) e em função disso o cortex activar (ou não) os musculos vocais… são ciclos contínuos dos três a trabalhar em equipa dentro da nossa pele.
Neste momento outra dúvida me apareceu: - "...e se o problema estiver na mensagem???"
Resolvei alterar a mensagem, e possivelmente agora vêem uma imagem a rodar para a direita e outra a rodar para a esquerda e o vosso córtex é o mesmo porque ele não muda quando mudam de imagem, até porque podem ver as duas ao mesmo tempo!!!
Então parece que o problema é de manipulação da mensagem e não de autonomia do córtex.
Mas e se for também de alterações do córtex??? Isto agora começa a ser mais divertido...!!!!
Não me parece que se possa controlar a bio-electricidade do córtex mas talvez se possa controlar a sua sequência, isto é, a entrada da sucessão de estímulos visuais no córtex, através do controlo da sequência do olhar.
Isto é, em qualquer da duas mensagens apesar da alteração feita é possível alterar a rotação proposta em qualquer delas, em função da sucessão de pontos para onde se olha.
Como experiência para tentar controlar as rotações ditas hemisfério esquerdo e hemisfério direito:
1 - para ter um estilo de rotação, percorrer com o olhar só o pé-perna no chão (até ao joelho), não fixando-focando o olhar em mais nada; ou
2 - para a outra rotação, olhar para o canto superior direito fora da imagem da mulher e só na parte escura junto ao limite superior de direita da imagem, não fixando-focando o olhar em mais nada,
potenciando em ambas a visão periférica.
Se insistirem no treino e de repente tiverem a sensação que a imagem parou ou deu um sobressalto quer dizer que a sequência dos inputs visuais teve um inicio de alteração, haja (ou não) continuidade e êxito na mudança da rotação.
Com treino é possível pôr as duas a rodar para o mesmo lado (ou para lados diferentes)…na verdade, os neurónios são nossos, não somos nós que somos deles.
Não se preocupem, divirtam-se a dançar quer rodando prá esquerda quer rodando prá direita, mas ir-se controlando os nossos neurónios….
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