Incomodado com a invasão da Teoria Quântica aos meus paradigmas físicos tipo Newtonianos, resolvi ler um pequeno livro (268 pág): “Taking the Quantum Leap - The new Physics for non-scientists” de Fred Alan Wolf .
Depois de o ler, fiquei indeciso - "Agora saberei mais ou saberei menos da Teoria Quântica?? ou não saberei nada?"
Resolvi ver a bibliografia do livro e os 90 títulos que lá estavam confirmaram-me que dantes "eu era insciente mas agora era ignorante, pois agora sabia que havia muito que não sabia". A minha curiosidade ficou irritada.
Sem desistir, mas interessado em Pedagogia resolvi estreitar a procura e foquei especificamente esse tema. Assim, comprei o livro - “The beginner’s guide to Quantum Psychology” de Stephen Wolinsky, PH.D - com apenas 174 páginas. No fim, a bibliografia de aprofundamento mostrou-me mais 80 títulos.
Decidi abandonar o aspecto geral e aprofundar a pedagogia para o século XXI. Comprei um livro base - “The accelerated Learning Handbook” de Dave Meier, já mais especializado, estilo prático com 250 páginas. O livro era interessante e com uma Bibliografia, reduzida mas seleccionada de 130 títulos.
Durante a leitura do livro, houve um tema que me interessou bastante que foi o “fluir da experiência” e que me atraiu a curiosidade e o interesse. Fiquei contente pois tinha encontrado um ponto de partida, um ponto de vista para me posicionar.
No livro, o autor citado que mais me atraiu foi Mihaly Csikszentmihalyi - “Flow: The psychology of optimal Experience”- um livro difícil de encontrar, mas que por pesquisas na NET e “trocas informativas” por e-mail, encontrei um em 2a mão (USA). Comprei, estudei as suas 250 páginas e a bibliografia de 500 títulos.
Conclusão:
Para aprender algo sobre Teoria Quântica e a “aprendizagem acelerada” a minha curiosidade levou-me a estudar 4 livros, num total de 942 páginas: 268+174 +250+250, que me abriu um mundo desconhecido de não-conhecimento de 800 livros: 90 +80+130 +500.
No pensar Zen, a sabedoria é saber que nada sabe, pois [...qualquer aprender nem sequer é um grão de areia na praia do saber...], quanto mais se sabe, menos se sabe... [o ignorante ao adquirir saber fica mais sábio, o sábio ao adquirir saber fica mais ignorante...].
Em gráfico:
Em resumo, na totalidade em 5 anos, a universidade equipou-se com mais 63.000 livros novos para criar competências nos seus formados mas retirou-lhes 567.000 livros de novas informações de modelos, teorias, hipóteses, etc,... ou seja, recém formados e já desactualizados.
É óbvio que a solução não é comprar a totalidade do que é publicado, mas também não me parece que seja recusar o problema, em conclusão, o paradigma da formação tem que ser mudado.
No séc XXI, o poder cultural deixou de ser posse para ser movimento, deixou de ser armazenar para ser caminhar, deixou de ser “guardar” para ser fluir... ou seja, a universidade tem que ser outra, o ensinar não é "despejar" e, fundamentalmente, aprender não é "engolir".
A universidade deve ser "expansão" da curiosidade e fornecer modelos e apoio para a usar no oceano de conhecimentos que anda à solta por aí e cada vez mais é mais profundo.
Acabar a formação não é o seu fim, na verdade é o verdadeiro inicio do seu começo.
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