Como conclusão, o conceito chave, "árbitro" destas opções, é a “submissão" ao previamente instalado que funciona como orientador para aceitação ou des-aceitação do instituído (vide R. Lourau, L'analyse l'institutionnelle).
Assim, “climas relacionais” negativos ou destrutivos na escola, na familia e na sociedade são anti aprendizagem em qualquer situação desde ensino, educação, instrução, treino, aculturação até à simples informação ou contacto.
Porém desfazer pode não ser suficiente, é preciso torná-lo inexistente, isto é, DES-APRENDER (unlearning, tirar o aprendido)* se não for feito... umas vezes dirá "19" e outras "18" pelo que, às vezes já em adulto, ainda não terá a resposta estabilizada... vai enganar-se 😂😂!
A luta de contrários não funciona no des-aprender, apenas o enfraquece... assim sucede também noutros lados. O antiracismo não faz des-aprender o racismo, pode até reforçá-lo e fica apenas o "show" do racístico antiracista.
Obs- Lamento a frustação de adeptos das dialéticas materialista (Engels) ou espiritualista (Hegel) mas, vide relatos marxistas Gulag e Op. Kulak; religiosos Inquisição; sociais sindicato-patronato; etc, neles a luta-de-contrários foi sempre um "casamento" falhado e falso à procura de solução.
Na verdade, na dialéctica a coexistência de contrários é imprescindível mas a luta é um vírus empecilho, destrutivo e pró "divórcio". Em sua substituição são precisas metodologias de sinergia e sincronismo que da Tese e Anti-Tese se produza a Sin-Tese, junção das duas e não vitória (domínio) de uma sobre a outra*. (ver a seguir GoDeep)
*- Nesta perspectiva, numa democracia gritar vitória ou derrota numas eleições
é uma parvoíce contra-cultura ao estilo "luta-de-machos" em que perdem ambos,
mas um perde mais que o outro.
Quanto mais se usa uma aprendizagem, a afirmar ou a negar, mais ela se insere, torna-se hábito-padrão e fica "clandestina" em modo automático. É assim que se aprende a guiar um automóvel:
1. Por repetição, padrões neuro-musculares instalam-se no córtex para controlos de mente (atitude, atenção, posição, decisões, etc) e coordenação entre si de mãos, pés, olhos, ouvidos, gestos, percepções de espaços, tempos, velocidade, sinais, movimentos e volante, travões, embraiagem, pisca-pisca, etc.
2. Por repetição controlada, este conjunto complexo é automatizado, fica não-consciente e torna-se "instintivo".
3. Guiar um carro deve ser um processo “esquecido” e num exame é testado esse "esquecimento". Tudo deve ser feito com operacionalidade eficiente e eficaz quer nas rotinas quer nos imprevistos.
4. Mais tarde, sair desse “esquecimento” implica sair de “zona de conforto”, saída essa que é incómoda, lenta e adiada se com cansaço e rotina, mesmo se necessária.
Na verdade, templates bem instalados e activos, "recusam" sair do jogo lógico SIM-NÃO, é sempre mais cómodo seguir os trilhos. No principio do séc. XX pensar "como voar" significava pensar “como ser eficaz no mais leve que o ar”. Era parvoíce ilógica pensar voar sendo “mais pesado que o ar”.
Em suma, "dentro dos trilhos" ou "fora dos trilhos", pensar implica sempre entrançar o ponto de vista com a lógica e esse resultado, original a criar ou assumido a aceitar, é sempre produzido por um córtex.
Portanto a clássica e vulgar muleta [...esta é a minha opinião!!] é uma La Palissada pois se disse foi o seu córtex que o fez logo é a sua opinião.
Jogos lógicos são um treino para flexibilizar os equilíbrios entre o ponto-de-vista e a lógica tendo como contexto ambiente o fluir dos detalhes.
Da minha experiência com os jovens, se ainda estão flexíveis nos seus padrões, os factores desconhecidos são a atracção dos desafios lógicos.
Nos atractivos jogos de computador, os jovens diziam que o desconhecido de saber "como se ganha" (ponto de vista) e "as regras" (a lógica) era [...a piada do jogo...]*, assim o ideal era explicar pouco.
*- Pelo contrário no xadrez e damas, desde o inicio e não muda, são conhecidas regras e como ganhar.
No ex. a seguir, com as peças espalhadas na mesa e uma pequena imagem a preto e branco, só se dizia:
- 1 hora para fazer 3 quadrados do mesmo tamanho, usando todas as peças.
Não era explicada a tarefa de observar detalhes das peças e procurar a sua lógica, nem que os 3 conjuntos eram diferentes nas cores mas "talvez" diferentes na disposição interior e "talvez" iguais em certos pormenores nem que havia possivel criatividade nas soluções... eram apenas "abandonados" na tarefa.
No caso das fotos, a jovem de 11 anos, fez os 3 quadrados em 50m sem nunca "largar" a intensa concentração da pesquisa-acção, apesar de na escola ter "fama" de distraída.
No fim, conversando com ela sobre como tinha pensado, deduzi que se concentrou em "sins e nãos" e deixou os "talvez" (po) para dúvidas e confirmações. Baseou-se em "macro junções" inspirada no modelo e ia deduzindo possiveis acrescentos, estratégia que é óbvia na sua segunda foto.
Perguntei porque não tentou fazer os três ao mesmo tempo, estratégia já seguida por outros, ficou pensativa e respondeu - Se não fossem iguais não ajudava - ... moça esperta.😋😋
O interessante deste problema é que não se pode ajudar "dando palpites" pois a solução só depende do que se passa na cabeça dela, o que pensou e o que vai pensar, pelo que qualquer "ajuda" só cria ruídos e granel, "baralhando" raciocínios em curso*.
*- Nesta situação, conselhos de adultos angustiados com boas intenções para ajudar... só estragam.
1 - Ponto de vista e lógicas
Pensar é o fluir de pontos de vista através de lógicas e neste fluir os automatismos são bloqueios e becos que prendem e paralisam, principalmente se são falácias e La Palissadas. O nosso mundo mental está cheio destes automatismos, "calhaus culturais" que nos enchem mas não alimentam apenas indigestam.
Exemplo de um "calhau cultural": correr é mais rápido que andar!
Essa diferença TALVEZ possa ser verdade, mas essa diferença não é a DIFERENÇA entre elas, a realidade é mais complexa.
O ser humano tem a capacidade de "livre arbítrio", ou seja, tem a capacidade de dar opiniões, isto é, pode opinar não-asneiras* e pode opinar asneiras, normalmente começando por estas.
*- não-asneiras podem ser verdades mas, se no analisável não se aplicam, ali são asneiras,
na noite não há sol, mas no eclipse não há sol e não é noite.
A democracia dá o DIREITO de dizer opiniões e dá o DEVER de lutar por lucidez. A praxis democrática institui o debate, algo bem diferente do "boxe-verbal" com "mugidos verbais"* hábito adoptado por Trump e politicos afins.
*- Gíria: "mugidos verbais" são algo irrelevante sem importância, opinião de vaca -Muuuh?-
Usado na série "Friends", S07 E08 personagem Joey Tribbiani e popularizado.
Em resumo, o século XXI exige e tem condições para se criar um "pensar lúcido" e não apenas a básica luta do caos sonoro do show de "mugidos verbais".
No problema a seguir todos sabem dividir um quadrado em 4 partes iguais mas se cada um apenas disser o trivial escolar sem agitar ideias, quantas soluções surgirão?
Porém se "tirar" o pensar dos inprints escolares [...um quadrado é um espaço que...], o ponto de vista ao ser alterado transforma o problema.
A flexibilidade em “ver diferente” é uma destreza essencial neste século, do mesmo modo que “ver igual” [todos com passo certo] era a habilidade necessária no século XIX.
Este ponto de vista da validade da igualdade e invalidade da diferença fez História e imiscuiu-se nos nossos "livre arbítrios" com massificações políticas, culturais, sociais e organizacionais desde o racismo ao parece mal.
Originaram-se e difundiram-se muitos modelos de "passo certo" e "passo errado", desde hábitos e padrões de conduta, controlo e avaliação social até modelos de futuro repetindo o passado... os Galileus e os anti-Galileus (hoje com outros nomes) continuam a colidir.*
*- Como é óbvio asneiras e anti-asneiras são criadas nos Galileus e nos anti-Galileus,
portanto, é imprescindível lucidez em ambos para impedir "fanatismos".
Porém, a mudança está em curso, não só “naturalmente” pela complexidade da evolução social, como “intencionalmente” pelo uso de técnicas e métodos que emotivamente nos atraem para a validade da diferença*.
*- O problema do racismo não é a diferença,
o problema do racismo é o desprezo pela diferença.
Acabar com diferenças e continuar com desprezo
pode acabar com injustiças mas não com racismo.
Acabar com a diferença politica (USA, Lincoln)
não acabou com o desprezo, o racismo continuou:
Black Lives Matter-2013.
2 - Thunks
Esta necessidade de lucidez fez surgir pedagogias anglo-saxónicas que começaram a usar “thunks” com os seus alunos, procurando flexibilizar a rigidez do pensar como uma primeira condição de eficácia para o futuro.Definição thunks: (Ian Gilbert)
Questão sedutora, intrigante, que nos afasta do nosso trilho
e nos ajuda a olhar o mundo com um novo olhar.
Espécie de "alimento mental" (mind meal) é muito semelhante ao Kong-An taoísta mas pela porta do operacional e não pela filosofia ou meditação.
Habituados às “perguntas inteligentes para expressar respostas estúpidas” (sim/não ou slogans-standart), nos thunks a regra é outra, eles são “perguntas estúpidas para se obter respostas inteligentes”... o jogo mudou.
Quando encontrei este filão a invadir o pensar adormecido, fiquei encantado e comecei a utilizá-lo com jovens dos 10 aos 18 anos. Com surpresa obtive grande adesão, divertimento, alegria e respostas surpreendentes,
Individualmente ou em grupos problemáticos lendo e/ou escrevendo mal, péssima matemática, cultura reduzida, problemas relacionais e/ou de inserção e, em suma, "odiando" a escola e o estudo.
A minha actividade de "Ensinar a Estudar"não era proposta atractiva.
Com os thunks, aderiam instantaneamente, queriam mais e davam respostas lógicas, criativas, inteligentes e quase instantâneas, deixando-me de boca aberta.
Dois exemplos reais com duas jovens com 10 e 11 anos, em sessões separadas:
Costumava ajudar como "advogado do diabo", isto é, em qualquer opinião emitida defendia exactamente o contrário. Antecedia a pergunta com um contexto visual, slides ou filmes (2/3m), para inserção de informações teasers (agudizantes) do problema.
No 1º caso, apresentei um pequeno clip de ruas em New York cheias de gente apressada e ninguém se importando com ninguém e um pastor no campo, isolado com suas ovelhas.
No 2º caso, foi uma série de slides de dinossaurios e possível evolução.
Nos dois casos não tive tempo de abrir a boca, em 5s após a pergunta deram-me resposta e ficaram a olhar para mim com se fosse parvo por perguntar aquilo.
Um thunk exige como condição necessária a mudança de um ponto de vista, mas não é condição suficiente para a solução. É preciso que a lógica usada não seja rígida mas apenas uma “utilizadora flexível” em constante “aceite-à-experiência" e, se em grupo, todos o devem aceitar.
Exemplo com um thunk 3D em grupo,:
Regra:
Construir um aqueduto que transporte esferas dos 4 cantos da mesa para um recipiente no meio. O material é de todos, todos mandam, todos fazem, têm um hora para construir.
Sem nada ser clarificado, toda a actividade deve decorrer em constantes ciclos de aceitação e adaptação uns aos outros e ao conjunto, num fluir de comunicações naturais e espontâneas, eventuais conflitos resultam em perda de tempo e falhar um falham todos, a responsabilidade é colectiva.
Da experiência com estes "thunks", o interessante foi descobrir que quanto mais inesperada, ilógica e "absurda" era a proposta e a solução pedida, maior era o interessse, implicação e expectativa dos jovens para explorar lógicas alternativas fora do “aceite-previamente”.*
*- Talvez seja a falta desta "proposta de invasão do desconhecido" a razão do
desinteresse das novas gerações nos partidos e na política,
tudo encerrado no pensar igual e lógicas-prévias obrigatórias;
quando internet e computadores atraem e propõem jogos
com diferente pensar e regras (lógicas) novas.
3 - Encontrar-Usar a lógica
O problema é simples na sua ambiguidade (
nunca terá certezas) mas complexo na sua solução, ou seja, como usar incertezas para possibilitar uma certezas?
A questão tradicional que se usa é - Como reduzir incertezas? Todavia, uma questão [po] diferente é - Será preciso reduzir incertezas? Poderá haver certezas mantendo e usando as incertezas?
John Dewey (in Experience and Education) sugere um auto-teste interessante que é cada um conhecer a sua posição pessoal acerca da sua atitude perante um impasse lógico.
Em suma, 3 alternativas:
A ==> Quer saber logo o resultado ou desiste.
B ==> Quer saber ou não, em função do "esforço" já feito, se grande e difícil quer saber ou desiste.
C ==> Se dificil, não desiste, não abandona e "...até dorme com o problema" até resolver.
OBS 1- Como exemplo a atitude "C" da jovem citada no puzzles dos 3 quadrados que não desistiu e, historicamente, a atitude de Churchill lutando no Parlamento contra a paz com Hitler, aquando da crise de Dunquerque (1940).
OBS 2- Como auto-análise, (vide John Dewey) os leitores deste texto podem pensar a sua atitude perante os jogos lógicos apresentados, foi A, B, ou C após tentativa de solução?
John Dewey salienta que é uma falácia pensar que quando se aprende só se aprende o que se estuda nesse momento, há sempre aprendizagem colateral, ou seja, o córtex é "teimoso" e fica a trabalhar "clandestino" fora da consciência, alguns chamam a isso a intuição.
Por outro lado, na "absorção informativa" há um processo formativo de atitudes, gostos, hábitos, interesses e aversões, etc, que são tão importantes que podem durar a vida inteira. Na verdade, as aprendizagem têm sempre um tempo próprio de "gravidez mental" para sedimentação ou apagamento.
Por ex., aprender com medo, aborrecimento, stress, raiva, etc, mais tarde, essa aprendizagem pode ser esquecida na consciência (recalcada??) ou lembrada nas emoções com medo, aborrecimento, stress, "raiva", às vezes até à velhice.
Alguns autores consideram a atitude "C" como uma condição importante para a flexibilização de pontos de vista e lógicas, aquisição de confiança e controlo do aprender.
Como ex., uma metodologia para fomento da atitude "C" : preparação de estudo para exame
O primeiro dia (3 horas) nunca era para estudar.
A tarefa era folhear o(s) livro(s) e colocar post-it’s de 3 cores diferentes nas páginas do(s) livro(s). Uma cor significava SEI, outra cor NÃO-SEI e outra ASSIM-ASSIM.
Quem fazia essa escolha era o aluno, pois ninguem melhor do que ele saberá decidir. Eu nunca decidia, às vezes ajudava a clarificar o assim-assim mas a decisão era sempre dele, sempre sem insinuações minhas.
Como um me disse uma vez - Você nunca me ajuda só me informa.
Depois do livro todo "maquilhado" de post-it's era objecto de conversa prolongada. Dias possíveis e lógicos para estudo, tempo necessário em função da sabedoria existente, importância da matéria para exame, aversões e gostos pessoais pelos temas, assuntos a estudar em grupo, etc.
Sempre fiquei espantado e contente com as conclusões a que chegavam pois não sendo nem professor nem explicador não tinha qualquer possibilidade de "ajudar", tudo se passava deles para eles próprios, estavam apenas a [conversar sozinhos corrigindo as próprias conclusões], eu era apenas um "espelho" de serviço a devolver a imagem do que diziam e concluiam.
A fase final era "espalmar no tempo" as decisões feitas, surgia o plano com quantos e quais dias, manhãs, tardes, noites eram para estudar ou não, qual a distribuição das matérias, pontos de controlo e correcções, quais os temas com "fama" de importantes, habituais, dificeis, de aversão pessoal, etc.
Em resumo, era habituar a criar lucidez sobre as variáveis existentes, o que sempre admirou por não ser habitual.
No inicio da sessão entravam descrentes, com a coluna vertebral "encaracolada" e "corpo mole" e quando saíam iam convencidos, "direitos" e "tonificados".
Como exemplo, apresento parte do Plano de Estudo de um jovem para exame no 12º ano.
É uma cópia das conclusões pessoais manuscritas, transcrita em mindmap e entregue no fim da seessão como memónica do plano e da tarefa a realizar.
À saída, na despedida, pediu-me mais 2 cópias. Enquanto imprimia, admirado perguntei porquê queria mais duas. Meio atrapalhado, disse que era para pôr no quarto, trazer no dossier e dar a uma amiga. Fiquei a pensar, aquela sessão tinha sido muito mais importante para ele do que eu julgava e em áreas extra do estudo para exame.
Como resultado final houve êxito no exame.
Uma das condições para ser bom aluno é sentir-se na posição “C”, a que alguns pedagogos chamam "expectativa da operacionalidade". Ter a emoção de sentir-se "dono da tarefa", ter esta "viva dentro de si", e ele não ser um mero cumpridor de actos "abúlicos", em resumo é ser pessoa (person) e não gentinha (people).
Jovens, “maus” alunos, disseram-me muitas vezes não saber o que fazer e que os "conselhos dados" eram apenas [...dicas pra cantar fados] do tipo estuda, dedica-te, aplica-te, gosta da escola, é o teu futuro... até parece que tudo se arranja no supermercado.
Não é uma questão de perseguição, controlo e conselhos do ensinante é uma questão de equipar com operacionalidade e respeito o aprendente.
Para terminar, eis dois ex. do mesmo quid pro quo lógico de pontos de vista emaranhados com lógica :
4 - GoDeep
Relaciona-se com o raciocínio japonês em que o real não deve ser considerado em si próprio mas relacionado com a sua circunstância. Qualquer realidade é um conjunto, um equilibrio e um resultado de atracçóes-oposições que se interferem mutuamente.
A técnica é simples mas não simplória. Consiste em "esgravatar" relações até encontrar a lógica que as subentende. A vulgar dica policial de "seguir o dinheiro" para encontrar o "escondido" nos negócios é uma sua aplicação primária.
Um treino base é criar hábitos de sair (fugir!!) do óbvio imediato. A rigidez dos pontos de vista e/ou os protocolos lógicos* originam “cegueiras mentais” cujo caso limite são os fanáticos e/ou os debates de cassete.
*- Protocolos lógicos, por ex. falácias: A meio da tarefa não se substitui o chefe...
(pois isto é um raciocínio palonço com aparência de verdadeiro, pois é
uma solução standart (manter o chefe) num problema indefinido.
Um exemplo para aplicar "GoDeep":
Em modo simples, é apenas uma pesquisa de causas.
Todavia, este pensar pode ter três vírus que limitam a visão a um "buraco de fechadura": cativo do óbvio, [ex., porque gostam de cinema]; cativo do padrão [ex., se zangados, lá dentro esquecem-se]; cativo do acontecido [ex., estava a chover e abrigaram-se].
5 - Sim, Não, Po e século XXI
O mundo à nossa volta complexificou-se. A principal consequência é obrigar a quase constantes decisões na maior parte das vezes fora da rotina e dos padrões.
Aplicar decisões novas sem-pensar é assumir "à balda" os riscos ou benefícios inerentes. Porém, se a decisão é necessária aplicar também "à balda" decisões velhas não altera os riscos nem os benefícios.
Em conclusão, ser decisão nova ou velha não altera a qualidade da decisão. O importante é a lucidez de análise dos argumentos a favor e contra, e muitas vezes a parvoíce reina e saltita de um lado para outro lado.
Por ex., no Covid, o argumento contra as máscaras de "deixarem passar o virus" é na realidade um argumento a seu favor, pois "se deixam passar" o problema não é a sua utilidade que existe mas a sua qualidade que é má... portanto devem ser melhoradas, produzidas e usadas.
Com esta necessidade de lucidez para decisões, a par das fakenews, nasce um novo mercado de vendedores, os influenciadores e os comentadores com milhares e milhões de seguidores que substituíram os primitivos fala-baratos de credos e profecias do género [...acreditem no que digo que falo verdade...].
Do mesmo modo, nasce também um novo mercado consumidor dos ouve-baratos que com o pensar diminuto do fast-thinking enchem as audiências e as procissões dos influenciadores políticos, moda, consumo, etc, com as danças habituais de aplausos reverenciais.
O núcleo duro destes remoinhos nas redes sociais é a dinâmica do tempo-pensar incidente na trilogia:
lógica-ponto de vista-consequência
No ponto zero com tempo curto e pensar reduzido as consequência negativas serão grandes.
As suas características são muita informação diferente, rápida e variada, telejornais curtos, repetidos, confusos e contraditórios, muitos comunicados oficiais (diários?) com muitos dados para explicações(?) mas dificultando a compreensão e facilitando show de protagonismo, etc.
A estratégia é clássica e básica [...informar muito para desinformar]. Esta estratégia pode incluir o uso de fakenews, fraudes, enganos, diversões de atenção, etc, só depende do nível de "iliteracia pensante" dos ouvintes, palonços e analfabetos [...eles aceitam tudo!!] ou não.
O ponto Ω algures a meio da curva é um ponto importante de mudança do nível de lucidez. Depois dele o [...eles aceitam tudo!!] torna-se problemático, a integração ponto de vista e lógica cria sinergias de difícil manipulação.
Nas democracias governadas é conveniente não ultrapassar ponto de controlo. Organizações políticas instituem vários travões desde formas softs (macias) discretas e aceites, disciplina partidária, julgamentos, lutas legalizadas de facções, etc, até formas hard (duras), perseguições, prisões, "acidentes", etc, de modo a manter o sistema social "democrata" mas abaixo do ponto Ω.
Quando numa crise social, se por se aumento da lucidez social acima do ponto Ω se alcança níveis de sinergia social positiva com solução da crise, é vulgar surgiram "acidentes" para regredir o ponto Ω para posições mais controláveis.
O séc XXI parece trazer "arraques" de [
vagas de lucidez] em áreas diferentes mas que pareciam adormecidas, como exemplo e sem ser exaustivo, Portugal no Covid pós êxito da sinergia social para a sua contenção (ponto Ω elevado), quatro anos depois do aparecimento do
este brota à superfície acompanhado com diversos apoios em sinergia.
Uma questão quase Shakespeariana, as instituições políticas, judiciais, educativas, massamedia, etc, acompanham ou reduzem o movimento? ou, noutras palavras, o Ponto Ω vai ser empurrado para cima ou para baixo?*
*Odemira e imigrantes, qual evolução??!
Para terminar, um exemplo de afirmar o ponto de vista e com lógica diferente encontrar outra solução para o problema:
O hijab não é um sinal de submissão,
é apenas um véu que protege as mulheres
do olhar masculino e, portanto,
protege os homens da tentação
Portanto, para uma proteção mais eficaz ...
Porra. Isto é muito grande! Não podias ter dividido em para aí três posts, cada um com muito menos informação. Os items até justificavam uma leitura mais atenta, mas desisti pouco depois do primeiro terço.
ResponderEliminarOlá Artur, tens razão mas tens a solução dos livros, põe-se uma marca e continua-se depois.
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Mas adepto da alternativa "po" aproveito a ideia para os editores inovarem, livro em versão completa e livro em versão fascículos.
Obs- No meu caso, para voltar a ler o Proust precisava de fascículos no máximo de 5 folhas.
Um abraço