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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Lógica fora da lógica



Li ontem alguns textos e folheei livros sobre Thomas Edison. Fiquei a saber que ele, por motivo de doença, só foi para a escola quando tinha 8 anos e, nessa altura, houve na aula um incidente curioso. 

Ele perguntou ao professor se 1+1 tinha que ser 2. O professor, espantado, disse que sim e perguntou se tinham percebido o que tinha explicado. Todos disseram que sim, excepto Edison que continuou a não perceber porque não podia ser 1+1=1, pois "1 copo de água mais 1 copo de agua é igual a 1 copo de água"... 
...ou seja,  1+1 = 1, talvez um "1" maior [nota do autor].

PS- Tempo depois, Edison abandonou a escola e ficou em casa a estudar com a mãe que era professora e tinha paciência e apoiava as dúvidas.

Uhau, uhau... adoro a ilógica inteligente... principalmente de jovens, apesar das noites de insónia que me provocam.

Esta lógica ilógica de Edison trouxe-me meditações nocturnas com várias questões [não são insónias pois insónias é não ter sono e querer dormir ... e eu não queria dormir]. 

Fiquei a pensar na possibilidade de matemática escrita com números maiúsculos e números minúsculos. 
Pode parecer estranho, mas isso acontece com as letras pois, por exemplo, no computador há "p" e "rmas também há "P" e "R"
Os jornais escrevem "Presidente da República" e nunca "presidente da república" referindo-se a quem está em funções. Se o fizerem pode até ser considerado ofensivo escrever com "p" e "r" pequeninos, por crime de "lesa protocolo". 

Assim, uma Matemática escrita com números maiúsculos e minúsculos seria muito interessante, resolvia a dúvida dos 8 anos do Edison e também certos problemas do quotidiano. Por exemplo:

- na política, Portugal-2015, se partidos com menos votações, mas escritas com números maiúsculos, ficassem à frente de partidos com mais votações mas registadas com números minúsculos, então, não haveria discussões e os de menor votação seriam automaticamente eleitos.

- no desporto, no EURO-2016, a final Portugal-França teve o resultado de 1- 0 a favor de Portugal. Se o "1" de Portugal fosse um número minúsculo e "zero" Francês um número maiúsculo, então a França seria automaticamente o campeão Europeu, sem ser necessário fazer o baixo-assinado francês para repetir o jogo.

Depois da Matemática passei para o Casamento.

Na cerimónia do casamento afirma-se que "no casar os 2 são 1, até que a morte os separe". Matematicamente, volta a aparecer o conceito "1+1=1" que incomodava Edison.

Porém neste caso, à semelhança do copo de água atrás citado, há ajudas para a sua compreensão. Apenas basta perguntar ... no casamento, os casados são "UM" em quê??? 
Aparecem algumas respostas e também possíveis (e questionáveis) pesquisas a fazer.

Na campo das respostas, o divórcio é uma ajuda clara. Os casados SÃO "UM" no dinheiro, nos bens, nos filhos, etc, daí as muitas "guerras" conhecidas e vulgares entre os proponentes à separação. Se se listar as várias leis e os muitos julgamentos feitos para gerir essa "guerra", o campo do "UM" é claro.

A problemática do "UM" na religiosidade do casamento também não parece difícil. A afirmação "SÃO UM em Deus" porque casaram acontece porque eles (humanos) decidiram casar-se. Portanto, se eles (humanos) decidiram separar-se só resta voltarem a "SER DOIS em Deus"... como eram antes do casamento (q.e.d.).

Nesta lógica, o facto da decisão humana de casar ser feita por livre arbítrio ou por influência divina (consoante as religiões) não altera a lógica porque, então, a decisão humana de DES-casar terá as mesmas variáveis (livre arbítrio ou influência divina). 

Nalgumas religiões, é um erro (pecado?) o livre arbítrio de des-casar pois é fugir à vontade divina de estar casado. Na verdade, esta lógica é um paradoxo pois, exactamente, a definição de livre arbítrio é "fazer o que decide sem aceitar influências". Isto é, se o livre arbítrio for sujeitar-se por obedecer ao arbítrio divino, então não é livre arbítrio é apenas "obediente arbítrio". Neste caso, o "livre arbítrio" não existe será apenas marketing.
Como dizia Henry Ford perante o mercado cheio de carros italianos com várias cores: "O cliente é livre de escolher a cor de carro que quiser tem é que ser preto".

Por outro lado, se não há livre arbítrio o problema é mais simples pois, se decidiu casar-se por influência dos deuses também decidiu separar-se por influência Deles (q.e.d.).

Porém, a problemática do "UM" (1+1=1) na relação pessoal do casamento precisa de uma pesquisa cuidadosa.
A questão de arranque parece ser perguntar "o que acontecerá de diferente no plano pessoal, antes e depois do casamento?"

Em consequência desta pergunta surgiu-me a ideia da transplantação de órgãos.
Tempos atrás andei a "bisbilhotar" neste tema e entre as pesquisas, hipóteses, teorias e conflitos prós-contra, uma ideia ficou em standby, as migrações de memórias do doador ao receptor de cada orgão.

Sem nela tomar posição, mantive-me como espectador de argumentos SIM e NÃO, comprei livros e continuei a passear neste "mar desconhecido" da transmissão das memórias nos transplantes.

Sem entrar em detalhes (vide apenas 2 pag.) sobre as memórias celulares nos transplantes e, como exemplo, eis uma história que li algures sobre uma jovem que, após um transplante de coração, começou a ter memórias vivas de situações de guerra na Ásia.

Posteriormente analisadas, essas memórias cheias de detalhes e informações concretas pareciam verdadeiras mas impossíveis. Curiosamente, analisado o doador, ele era um ex-soldado combatente no Vietname que, ferido, regressara aos USA e morrera. Foi o inicio de uma pesquisa de muitos outros casos que se alargou e intensificou.

Relacionando esta problemática com o casamento, o seu "1+1=1" e admitindo a existência de memórias celulares veiculadas em trocas de células, poderá colocar-se a pergunta se, o que fica comum no casamento, é uma base de dados de memórias celulares trocadas e integrada pelos cônjuges nas suas relações íntimas. Será esta a base biológica da chamada intuição conjugal de um acerca do outro?

Na verdade, com a relação sexual a mulher recebe e, se ficar grávida, incorpora e utiliza células masculinas do cônjuge durante os 9 meses da gestação, talvez produzindo no plano das memórias efeitos similares ao que parece suceder com os transplantes.

A questão que se coloca é investigar se ela recordará também memórias alheias do marido. Outra questão é saber se o filho incorporará as respectivas memórias celulares do óvulo e do espermatozoide, sabendo nós, HOJE, que incorpora os ADN's idos com essas células.

Por outro lado, como só com a saliva se detecta o ADN do "produtor", a troca de beijos amorosos trocará também as memórias celulares idas com a saliva? 

É bom salientar que durante a gravidez a mãe tem o sistema nervoso preparado para ter uma "ligação por cabo" com o filho e assim comunicar com ele durante 9 meses. Quanta informação celular é trocada? 
O homem está excluído deste "upgrade", pois para comunicar com o filho só o pode fazer depois dele nascer e só por "weireless" o que a mãe também faz mas agora apoiada num background de sincronismos criados por "cabo" durante os 9 meses da gravidez.

Segundo a Bíblia, Deus criou o homem e depois a mulher, ou seja, tudo acontece como na Informática, os segundos modelos de computadores e telemóveis trazem sempre aperfeiçoamentos.

Realmente, esta é uma investigação apaixonante.
E... já agora, a propósito, uma pergunta... ao alimentar-se de carne crua "come-se" também as memórias celulares do animal? Curiosamente, lendo pesquisas antropológicas e sociológicas sobre crenças tribais é vulgar encontrar essa ideia com o nome de "adquirir o espírito do animal". Em forma mais extrema, em certos rituais de culturas antropofágicas as suas crenças dizem que [...comer o inimigo valoroso é ficar com o seu espírito...].

Na verdade, fazendo perguntas ilógicas, este mundo torna-se uma caixinha de surpresas de respostas possíveis e prováveis. Só Thomas Edison registou 2.332 patentes (vide Biography by Matthew Josephson).

Para terminar, e sem detalhes de aprofundamento, apenas uma questão a incomodar-me. Será que, numa expressão matemática, a Democracia é:


o que me coloca uma questão técnica: Qual será a essência onde esta unidade pode acontecer????

O século XXI trouxe-nos um "mar desconhecido" de muitas questões à procura de respostas que, às vezes, perturbam as respostas instituídas. Os Edisons, Galileus, Teslas, Newtons, etc, andam à solta por aí....

Uma pergunta para pesquisar em futuro próximo:

O "=1" da Democracia será uma espécie de unidade construída por uma "web de ressonância" como parece acontecer com bandos de pássaros, cardumes, manadas, etc, e às vezes em multidões e transes colectivos de danças tribais com seus sons/danças binaurais (e suas ondas theta no cortex)?


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