Ando entusiasmado a aprofundar "O universo como holograma", pois sinto-me como o Neo do filme "Matrix" a escolher a pílula encarnada e não a azul…ou seja, sinto-me a pôr os "neurónios fora da calha" e não só "fora da caixa"(out-of-box).
Na prática, muitas vezes fica-se fora da "caixa" mas dentro da "calha", isto é, pensa-se o mesmo noutra situação diferente.
PS - Facto muito comum com políticos pois, quando estão fora da caixa-ditadura e já na caixa-democracia, continuam a pensar e actuar na "calha-autoritária".
Na prática, muitas vezes fica-se fora da "caixa" mas dentro da "calha", isto é, pensa-se o mesmo noutra situação diferente.
PS - Facto muito comum com políticos pois, quando estão fora da caixa-ditadura e já na caixa-democracia, continuam a pensar e actuar na "calha-autoritária".
Matrix, ou útero em latim (mater+ix), é o local onde existem todas as possibilidades para o novo ser a ser criado, ou seja, qualquer um pode "ser nascido", todos são possíveis.
Todavia, assim que uma possibilidade é colapsada passa de possibilidade a realidade.
Engravidar é fazer o colapso da 1ª possibilidade das muitas possíveis e iniciar o caminho de "colapsagem" das seguintes até morrer de velho.
O filme "Matrix"(Útero) é um filme sobre o "campo de possibilidades" da vida, o seu útero. É uma boa porta de entrada para se pensar sobre o universo como possibilidades potenciais.
O esquema normal da vida (modelo newtoniano) é uma linha recta ou quebrada entre o nascer e o morrer:
Porém segundo a quântica a vida é uma sucessão de possibilidades colapsadas em cada momento, em função das possíveis existentes na matrix e da intenção do observador ao seleccionar uma. Em esquema:
isto é, o caminho continua a ser uma linha quebrada (a preto), simplesmente em cada momento (a encarnado) tem que existir uma decisão sobre as possibilidades existentes (a verde) e escolher uma. Escolhida esta, no momento seguinte a lista das possibilidades existentes é diferente da que existiria se tivesse escolhido outra.
Por exemplo, neste momento quer:
- continuar a ler ?
- parar ?
- ….
Se escolheu "continuar a ler", vai agora escolher:
- voltar atrás ?
- seguir em frente ?
- pôr música ?
- pôr-se de pé ?
- ….
Se escolheu "parar", vai agora escolher::
- pensar sobre o que leu ?
- tirar notas ?
- telefonar para contar a um amigo ?
- esquecer tudo?
- ….
Se escolheu "pensar sobre o que leu", vai agora escolher::
- pensar sobre a sua validade teórica ?
- pensar sobre a sua aplicação à vida passada ?
- pensar sobre a sua aplicação à vida futura ?
- pensar sobre o que concorda e não concorda?
- ….
Em cada alternativa, as alternativas são infindas (é a Matrix com suas possibilidades).
Viver é fazer escolhas em cada momento quer disso tenha, ou não, consciência e sempre com a certeza de que a escolha é UNDO (impossível de desfazer). Pode-se refazer, emendar, completar, destruir, etc, mas nunca poderá des-acontecer o que já aconteceu… tem que se continuar a viver com essa escolha e suas consequências.
O modelo quântico é angustiante e atraente. Trás a alegria da decisão e o risco de decidir.
Quando se diz que "sorte é quando o preparo encontra a oportunidade" está errado, pois "sorte é quando a decisão é correcta considerando o preparo existente e a oportunidade encontrada". O ponto central não é o encontro preparo-oportunidade (perspectiva newtoniana) é a decisão de qual a possibilidade que vai usar nesse encontro (perspectiva quântica).
Bisbilhotando para trás a vida pessoal (e de amigos/as), por vezes há uma forte sensação (feeling/intuição) de alterações (decisões) que foram tomadas e que significaram volte-faces "drásticos" no caminho da vida, ao escolher certas alternativas entre as existentes. A Matrix estava lá e a consciência dela também.
Isto não significa que tempos depois não haja arrependimento ou satisfação pela decisão tomada. Porém a gama de possibilidades continua aberta e disponível para regressar a situações antigas, acontecimento vulgar, por exemplo, na violência doméstica ou na droga quando regressam depois de ter saído. Mas, esta não é a questão. A questão não é o regresso, é a decisão de regressar.
A técnica da existência de "padrinhos" no caso da droga, isto é, de amigos que funcionam como Alter-Egos lúcidos para apoio no caminho da recuperação, é uma solução usada. Simplesmente, há duas alternativas.
Uma é apadrinhar a lucidez em ficar longe das tentações, outra é apadrinhar a lucidez em decidir "NÃO" perante a tentação. No primeiro caso isola da tentação, no segundo caso gere a proximidade à tentação, até esta gestão deixar de ser necessária.
No primeiro caso não há fortalecimento há afastamento, no segundo caso não há afastamento há fortalecimento (esta diferença também existe no caso da violência doméstica, ou do não-estudo).
As técnicas também diferem. No 1º caso baseiam-se em "controlos policiais de protecção", no 2º caso em "estratégias experienciais de desenvolvimento". Aparentemente, a 2ª técnica é mais arriscada do que a 1ª técnica.
A resposta é: -"SIM e NÃO!!"
Os "controlos policiais de protecção" são menos arriscados no presente e mais no futuro, mas as "estratégias experienciais de desenvolvimento" são mais arriscadas no presente e menos no futuro. As primeiras são mais confortáveis para os "padrinhos" (técnicos, família, amigos, instituições, etc), as segundas são mais inconfortáveis e/ou angustiantes.
A diferença é viver com o modelo "causa-consequência" da perspectiva newtoniana, onde "o outro obediente é o meu conforto", ou viver com o modelo "livre nas possibilidades" da perspectiva quântica, onde "o outro autónomo é a minha alegria".
O esquema normal da vida (modelo newtoniano) é uma linha recta ou quebrada entre o nascer e o morrer:
Porém segundo a quântica a vida é uma sucessão de possibilidades colapsadas em cada momento, em função das possíveis existentes na matrix e da intenção do observador ao seleccionar uma. Em esquema:
isto é, o caminho continua a ser uma linha quebrada (a preto), simplesmente em cada momento (a encarnado) tem que existir uma decisão sobre as possibilidades existentes (a verde) e escolher uma. Escolhida esta, no momento seguinte a lista das possibilidades existentes é diferente da que existiria se tivesse escolhido outra.
Por exemplo, neste momento quer:
- continuar a ler ?
- parar ?
- ….
Se escolheu "continuar a ler", vai agora escolher:
- voltar atrás ?
- seguir em frente ?
- pôr música ?
- pôr-se de pé ?
- ….
Se escolheu "parar", vai agora escolher::
- pensar sobre o que leu ?
- tirar notas ?
- telefonar para contar a um amigo ?
- esquecer tudo?
- ….
Se escolheu "pensar sobre o que leu", vai agora escolher::
- pensar sobre a sua validade teórica ?
- pensar sobre a sua aplicação à vida passada ?
- pensar sobre a sua aplicação à vida futura ?
- pensar sobre o que concorda e não concorda?
- ….
Em cada alternativa, as alternativas são infindas (é a Matrix com suas possibilidades).
Viver é fazer escolhas em cada momento quer disso tenha, ou não, consciência e sempre com a certeza de que a escolha é UNDO (impossível de desfazer). Pode-se refazer, emendar, completar, destruir, etc, mas nunca poderá des-acontecer o que já aconteceu… tem que se continuar a viver com essa escolha e suas consequências.
O modelo quântico é angustiante e atraente. Trás a alegria da decisão e o risco de decidir.
Quando se diz que "sorte é quando o preparo encontra a oportunidade" está errado, pois "sorte é quando a decisão é correcta considerando o preparo existente e a oportunidade encontrada". O ponto central não é o encontro preparo-oportunidade (perspectiva newtoniana) é a decisão de qual a possibilidade que vai usar nesse encontro (perspectiva quântica).
Bisbilhotando para trás a vida pessoal (e de amigos/as), por vezes há uma forte sensação (feeling/intuição) de alterações (decisões) que foram tomadas e que significaram volte-faces "drásticos" no caminho da vida, ao escolher certas alternativas entre as existentes. A Matrix estava lá e a consciência dela também.
Isto não significa que tempos depois não haja arrependimento ou satisfação pela decisão tomada. Porém a gama de possibilidades continua aberta e disponível para regressar a situações antigas, acontecimento vulgar, por exemplo, na violência doméstica ou na droga quando regressam depois de ter saído. Mas, esta não é a questão. A questão não é o regresso, é a decisão de regressar.
A técnica da existência de "padrinhos" no caso da droga, isto é, de amigos que funcionam como Alter-Egos lúcidos para apoio no caminho da recuperação, é uma solução usada. Simplesmente, há duas alternativas.
Uma é apadrinhar a lucidez em ficar longe das tentações, outra é apadrinhar a lucidez em decidir "NÃO" perante a tentação. No primeiro caso isola da tentação, no segundo caso gere a proximidade à tentação, até esta gestão deixar de ser necessária.
No primeiro caso não há fortalecimento há afastamento, no segundo caso não há afastamento há fortalecimento (esta diferença também existe no caso da violência doméstica, ou do não-estudo).
As técnicas também diferem. No 1º caso baseiam-se em "controlos policiais de protecção", no 2º caso em "estratégias experienciais de desenvolvimento". Aparentemente, a 2ª técnica é mais arriscada do que a 1ª técnica.
A resposta é: -"SIM e NÃO!!"
Os "controlos policiais de protecção" são menos arriscados no presente e mais no futuro, mas as "estratégias experienciais de desenvolvimento" são mais arriscadas no presente e menos no futuro. As primeiras são mais confortáveis para os "padrinhos" (técnicos, família, amigos, instituições, etc), as segundas são mais inconfortáveis e/ou angustiantes.
A diferença é viver com o modelo "causa-consequência" da perspectiva newtoniana, onde "o outro obediente é o meu conforto", ou viver com o modelo "livre nas possibilidades" da perspectiva quântica, onde "o outro autónomo é a minha alegria".
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