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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Treino de Outdoor à portuguesa para vacas


(Para Dalila e João) Hoje, recordações
Em tempos passados, eu, Dalila e João “divertíamo-nos” na “Training House” fazendo treino por Outdoor e tendo uma associação informal com um Grupo inglês de Outdoor.

Por razões comerciais em determinada altura levámos um grupo de gestores de uma empresa portuguesa a um treino de Outdoor de alguns dias em Windermere (UK), a bonita região inglesa dos lagos. 

Nós, os três sócios, também fomos pois a ideia era monitorar as actividades com uma equipa mista luso-inglesa. 

Ficámos num centro de treino (um moinho recuperado) da empresa inglesa em Millness (nos confins de UK, perto de Bowness, perto de Windermere, norte de Manchester) uma pequena “aldeia” verdejante rodeada de pequenas quintas cada uma com meia dúzia de vacas lavadinhas, penteadas, simpáticas e educadas.



Tudo correu bem e tudo estava muito satisfeito. No último dia à noite fez-se uma pequena festa num pub local, deitámo-nos tarde para no dia seguinte ir de autocarro para Manchester, apanhar o avião para Londres e regressar a Lisboa.

No aeroporto de Manchester deram-nos uma notícia. Na noite anterior depois de algumas cervejas e whiskies alguns participantes alegres e criativos resolveram fazer um Outdoor para as vacas das redondezas.

Foram às pequenas parcelas rodeadas de vedações onde estavam as vacas e decidiram trocá-las de local. Assim levaram as “Belinhas” para o local das “Manchinhas” e estas para junto das “Patinhas” que estavam longe, ou seja, todas trocaram de sitio para poder conversar com as amigas. Ficaram lá toda a noite e de certeza falaram muito.

Foi um intenso Outdoor para as vacas com actividade de "Abertura Comunicativa em Rede e Face-a-Face" parecido com o que tinham experimentado e vivido no treino.

Posteriormente, nunca tivemos qualquer noticia de, no dia seguinte, ter existido uma frenética actividade dos proprietários desses participantes a procurar as suas “Belinhas” para levá-las para casa. Também procurei nos jornais e não vi boatos de UFO's na região.

Como conclusão,
no regresso, ainda pensei começar em Portugal a fazer Outdoors de vacas e touros para substituir as touradas, penso que os simpáticos animais iam agradecer e gostar. 
Talvez daqui a alguns anos a tradição fosse essa... e não andarem, ainda, uns a espetar-lhes ferros e fugir, com outros sentados a vê-los fugir e a bater palmas dizendo "OOO...LLééé".

Observação
Como ponto de vista, a tourada é o espectáculo de fazer "maldades" e fugir bem. Quem é incompetente a fugir, leva marradas e vai para o hospital, quem foge bem é aplaudido e ganha "Olés"... na gíria é o que tem "ARTE" (de fugir).
Quem gere o espectáculo toca corneta, decide que fazer, pensa (por isso?) chama-se (na tradição) "O inteligente".

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