6 Jan18 |
A votação é uma técnica social destinada a obter e verificar o consensos num grupo.
Excepto na noite polar, se ao meio-dia um grupo votar e por consenso decidir que é noite, é uma decisão democrática mas está errada. A votação, em si, não garante a correcção da decisão, apenas garante o acordo dos votantes.
A votação com ou sem consenso não é garantia de validade técnica, legal, legitima ou até moral e ética, é apenas garantia da sintonia social existente.
A conclusão a tirar é que ser consenso democrático não está isento de erro.
DN, 29Dez17 |
O voto obrigatório
Um voto democrático é a manifestação LIVRE da vontade do eleitor.
Se for obrigado a votar mas não for livre de escolher o conteúdo do voto NÃO É UM VOTO DEMOCRÁTICO.
Exemplo:
Numa votação obrigatória para escolher como se quer morrer:
é uma votação democrática ou ditatorial?
O votar é obrigatório mas não se é livre para dizer a sua vontade. Está obrigado a escolher entre as hipóteses apresentadas. Por exemplo, não pode escolher "morte natural".
A conclusão é simples: Quando o boletim de voto é FECHADO não é democrático, pois a regra é [...podes escolher o que quiseres desde que seja o permitido...].
O votar é obrigatório mas não se é livre para dizer a sua vontade. Está obrigado a escolher entre as hipóteses apresentadas. Por exemplo, não pode escolher "morte natural".
A conclusão é simples: Quando o boletim de voto é FECHADO não é democrático, pois a regra é [...podes escolher o que quiseres desde que seja o permitido...].
Boletim de voto em Portugal 2015
Quer votar --- e não quer ser abstencionista nem precisa ser obrigado.
Sabe o que quer --- portanto não vai votar branco
Sabe como votar --- portanto não vai votar nulo
Sabe como votar --- portanto não vai votar nulo
O que isto quer dizer é que o Boletim de Voto está armadilhado.
É um Boletim de Voto tipo fechado e, tecnicamente, impõe uma Democracia Governada (vide Maurice Duverger) o que, em português explicito, quer dizer Ditadura Suave.
Na prática, é um método de auto protecção partidário, pois aconteça o que acontecer nunca ficam em causa... e os eleitores nunca saem da roda do hamster pois qualquer que seja o voto ficam sempre na mesma:
Solução ?
É simples, mas traz problemas complexos a resolver politicamente ...felizmente!!!
Acabar com a roda hamster na política não é fácil mas é fundamental !!!
Entre outras soluções, bastava que os boletins de voto tivessem MAIS o item NENHUM DESTES, ou seja, passarem de boletim fechado a boletim aberto:
É um Boletim de Voto tipo fechado e, tecnicamente, impõe uma Democracia Governada (vide Maurice Duverger) o que, em português explicito, quer dizer Ditadura Suave.
Na prática, é um método de auto protecção partidário, pois aconteça o que acontecer nunca ficam em causa... e os eleitores nunca saem da roda do hamster pois qualquer que seja o voto ficam sempre na mesma:
Solução ?
É simples, mas traz problemas complexos a resolver politicamente ...felizmente!!!
Acabar com a roda hamster na política não é fácil mas é fundamental !!!
Entre outras soluções, bastava que os boletins de voto tivessem MAIS o item NENHUM DESTES, ou seja, passarem de boletim fechado a boletim aberto:
Se os votos "nenhum destes" tivessem uma alta percentagem, por exemplo, mais de 50%, isso significaria que todos os candidatos precisam de fazer "terapia", isto é, estavam fora de jogo, não prestavam. A continuar seriam uma ditadura (imposição) doce sobre a sociedade em que se inserem.
A ideia de voto obrigatório é a maneira dura de escamotear este problema. Normalmente a maneira suave é culpabilizar e estigmatizar com o "não à abstenção" argumentando que sair da roda hamster é anti-democrático.
Na verdade uma abstenção alta é um grito silencioso de SOS dizendo "algo está mal na democracia !!", talvez seja errado mas é a única possível, é escolher o mal menor.
Nunca esquecer o paradigma base da gestão "10% de abstenção pode ser um problema de empregados (pessoas), 50% de abstenção é de certeza incompetência da gestão (sistema)".
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