Referência:
["dilema do abraço como "arma de dois gumes"], in Pinçamentos
As relações humanas são veiculadas por processos constituídos por dois factores: forma e conteúdo. A forma relacional tem sempre várias "faces" possibilitando uma "dança de ambiguidade" entre os seus possíveis conteúdos lógicos.
Um dos quiproquós mais vulgares é a possível duplicidade entre "proximidade-afecto" e "proximidade-prisão", onde o acto de "prender-por-afectividade" surge com tiques de demonstração de amizade (ou amor) acompanhado por tiques expressivos de... "vê como sou um amigo!".
O "instinto da liberdade de fuga" reage automaticamente a esta "proximidade-prisão". Todavia o stress dessa "liberdade de fuga" não concretizada, apesar de ser recalcado com máscaras sociais de convívio, acaba por fugir ao controlo e mostra-se à superfície:
A nova luta política
O apertar do "aperto das mãos", estilo "aperta quem pode".
A Alta Costura, sempre atenta, está a criar um design de ligaduras para cumprimentos em cerimónias de gala, com dois modelos.
Um de prevenção para usar antes dos cumprimentos: "peço desculpa, mas só com a mão esquerda".
Outro para usar depois dos cumprimentos, mais espessa pois tem gelo incorporado.
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