1 - Evidencia, prova, opinião … a barafunda
2 - Evidencia, prova, opinião … a barafunda [ADENDA]
3 - Evidencia, prova, opinião … a barafunda [nova ADENDA
Duas fotos e uma pergunta:
Admitindo que são fotos de ANTES e DEPOIS de comer... qual será a sua sucessão lógica, a de A para B ou a de B para A e porquê?
Como experiência tentar encontrar uma sucessão lógica a partir de detalhes das fotos que expressem diferenças significativas (factos).
PS - Alguns exemplos na continuação.
Como experiência tentar encontrar uma sucessão lógica a partir de detalhes das fotos que expressem diferenças significativas (factos).
PS - Alguns exemplos na continuação.
Diferentes opções são possíveis a partir dos factos que são seleccionados entre as evidências (fotos ) expostas, isto é, plumagem, olhar, bico, cabeça, atitude, etc.
================????
Se se procurar detalhes, as duas fotos são exactamente iguais, excepto uma pequena diferença no bico.
Numa delas, a "boca" está ligeiramente curvada para cima, na outra para baixo, o que um bom observador conseguirá ver, conscientemente ou inconscientemente.
Se o fizer, os olhos olham e o cérebro vê, criando significados, i.é., conclusões. Mas a questão é o que é que ele vê, ou seja, que conclusões constrói.
Para o fazer, o ponto de partida pode ser simples, antes de comer tem o incómodo da fome, depois de comer tem o prazer de estar saciada, ou seja, B+A.
Porém, de uma forma mais complexa, pode primeiro fingir-se saciada para facilitar a caçada e depois ficar nomal (séria), ou seja, A+B.
A justificação das opções permite clarificar "um pouco" as razões da opinião formada a partir da selecção porque considerou evidências significativas, isto é, provas.
Como conclusão, parece que as nossas "verdades" são um cocktail de diversas subjectividades, entre as quais as originadas no exterior e as "oferecidas" por nós próprios.
Na prática, procurar a VERDADE é uma espécie de "arqueologia de ideias" que, em vez de tirar camadas de entulho que as envolvem, tira camadas de subjectividades que as entranham, das quais a mais difícil de descobrir é tirar a inerente ao próprio "arqueólogo".
Parafraseando Freud, "… quando o Manel fala do António fala mais de si próprio do que do António…" pois tudo o que o Manel diz contem um reflexo de si próprio. Por outras palavras, a OPINIÃO do Manel sobre o António contem duas subjectividades, uma inerente ao António e a outra inerente ao Manel.
Em conclusão, falar de opinião objectiva é muito subjectivo.
Como conclusão, parece que as nossas "verdades" são um cocktail de diversas subjectividades, entre as quais as originadas no exterior e as "oferecidas" por nós próprios.
Na prática, procurar a VERDADE é uma espécie de "arqueologia de ideias" que, em vez de tirar camadas de entulho que as envolvem, tira camadas de subjectividades que as entranham, das quais a mais difícil de descobrir é tirar a inerente ao próprio "arqueólogo".
Parafraseando Freud, "… quando o Manel fala do António fala mais de si próprio do que do António…" pois tudo o que o Manel diz contem um reflexo de si próprio. Por outras palavras, a OPINIÃO do Manel sobre o António contem duas subjectividades, uma inerente ao António e a outra inerente ao Manel.
Em conclusão, falar de opinião objectiva é muito subjectivo.
Segundo Laurent Gounelle, e parafraseando a sua ideia, "o bom e o mau que vemos nos outros é o reflexo do que "sabemos"(conhecemos-sentimos-intuimos) em nós próprios".
Como exemplo, a pergunta inicial agudiza esta tendência de colocar na nossa opinião o que somos e não o que está no facto-a-opinar.
Na verdade, o problema apresentado tem muita falta de dados para possibilitar uma opinião. Deste modo, a tendência natural é detonar o antropomorfismo, isto é, dar características humanas a animais fazendo projecções humanas sobre eles.
Por exemplo, no caso dos cães, o antropomorfismo facilitado e justificável pelas alterações fisiológicas que eles apresentam em função de certos estados mentais.
Assim, estatisticamente, poder-se-á concluir que o cão "quando rosna e arregaça os dentes está zangado" e "quando não o faz não está zangado".
A junção da subjectividade do cão e o antropomorfismo baseado em alterações fisiológicas podem criar eficácia lógica para gerir a relação com o cão, acumulando sabedoria por experiência acumulada.
Mas ao mesmo tempo, possibilita TAMBÉM "ler" (entender, compreender) quem usa essa sabedoria acumulada pois a sua subjectividade também faz parte das conclusões que tira:
O cão rosna. Conclui o Zé:
- Ele vai atacar!!! -
Conclui o Zoca:
- Só está assustado… vai fugir.
Só falta saber a subjectividade do cão… atacar, fugir, encolher-se?
Na verdade, não há expressão de subjectividades no bico da águia como é possível no focinho do cão.
As diferenças no formato do bico não são alterações fisiológicas, elas são rígidas, não variam com estados mentais ou orgânicos, isto é, não significam nada, excepto que são duas águias diferentes e assim continuarão até morrer... tenham ou não tenham fome.
O seu bico não se altera por estados mentais, como o focinho do cão.
As respostas dadas são um caso puro de antropomorfismo, projecções sobre dados que nada significam.
PS - Considerando projecções pessoais de humanos sobre outros humanos:
- Estou tão irritado e aquele tipo a olhar para mim ...ainda leva um estalo!
que criam conclusões sobre dados que nada significam, pode ser considerado um caso particular de antropomorfismo tosco.
Nesta perspectiva, o fanatismo, racismos, certas crenças que se apoiam em dados desprezáveis serão apenas variantes de antropomorfismo tosco.
Em conclusão, neste caso das fotos das águias, as escolhas feitas "falam" apenas do observador e nada dizem sobre as águias, porque a diferença significativa será sempre a mesma desde que nascem até que morrem, são diferenças sem significado excepto para distinguir as águias uma da outra..
Falar sobre a águia é apenas um "isco" para o observador falar de si, é uma espécie de teste projectivo.
A resposta lógica de que "não é possível escolher a sucessão porque os bicos são rígidos e não expressam nada" seria uma resposta possível ao problema posto. Todavia, mesmo esta resposta "de não responder" faz parte do teste porque, na prática, acrescenta detalhes esclarecedores ao perfilde quem responde.
Em conclusão, desde que uma pessoa seja "metida" num problema, qualquer decisão que tome (ou não tome) é sempre um dado que faz parte do seu perfil.
Por outras palavras, sempre que se tem conhecimento de um problema nunca mais se pode ficar neutro a esse respeito, tudo que decidir é uma pincelada no seu perfil.
Para terminar e tornando a parafrasear Freud:
"… quando os Manéis falam do Trump falam sempre mais de si próprios do que do Trump…"
Ler opiniões "boas, más, assim-assim" sobre o Trump além de ficarmos a saber algo (verdade ou mentira) sobre o Trump, ficamos a saber bastante mais "verdades" sobre quem escreveu. Ler estas notícias é sempre ler duas notícias ao mesmo tempo: o Trump e o comentador.
Como exemplo, a pergunta inicial agudiza esta tendência de colocar na nossa opinião o que somos e não o que está no facto-a-opinar.
Na verdade, o problema apresentado tem muita falta de dados para possibilitar uma opinião. Deste modo, a tendência natural é detonar o antropomorfismo, isto é, dar características humanas a animais fazendo projecções humanas sobre eles.
Por exemplo, no caso dos cães, o antropomorfismo facilitado e justificável pelas alterações fisiológicas que eles apresentam em função de certos estados mentais.
Assim, estatisticamente, poder-se-á concluir que o cão "quando rosna e arregaça os dentes está zangado" e "quando não o faz não está zangado".
A junção da subjectividade do cão e o antropomorfismo baseado em alterações fisiológicas podem criar eficácia lógica para gerir a relação com o cão, acumulando sabedoria por experiência acumulada.
Mas ao mesmo tempo, possibilita TAMBÉM "ler" (entender, compreender) quem usa essa sabedoria acumulada pois a sua subjectividade também faz parte das conclusões que tira:
O cão rosna. Conclui o Zé:
- Ele vai atacar!!! -
Conclui o Zoca:
- Só está assustado… vai fugir.
Só falta saber a subjectividade do cão… atacar, fugir, encolher-se?
TODAVIA, ISTO NÃO ACONTECE NO CASO DA ÁGUIA… !!!!!
Na verdade, não há expressão de subjectividades no bico da águia como é possível no focinho do cão.
As diferenças no formato do bico não são alterações fisiológicas, elas são rígidas, não variam com estados mentais ou orgânicos, isto é, não significam nada, excepto que são duas águias diferentes e assim continuarão até morrer... tenham ou não tenham fome.
O seu bico não se altera por estados mentais, como o focinho do cão.
As respostas dadas são um caso puro de antropomorfismo, projecções sobre dados que nada significam.
PS - Considerando projecções pessoais de humanos sobre outros humanos:
- Estou tão irritado e aquele tipo a olhar para mim ...ainda leva um estalo!
que criam conclusões sobre dados que nada significam, pode ser considerado um caso particular de antropomorfismo tosco.
Nesta perspectiva, o fanatismo, racismos, certas crenças que se apoiam em dados desprezáveis serão apenas variantes de antropomorfismo tosco.
Em conclusão, neste caso das fotos das águias, as escolhas feitas "falam" apenas do observador e nada dizem sobre as águias, porque a diferença significativa será sempre a mesma desde que nascem até que morrem, são diferenças sem significado excepto para distinguir as águias uma da outra..
Falar sobre a águia é apenas um "isco" para o observador falar de si, é uma espécie de teste projectivo.
A resposta lógica de que "não é possível escolher a sucessão porque os bicos são rígidos e não expressam nada" seria uma resposta possível ao problema posto. Todavia, mesmo esta resposta "de não responder" faz parte do teste porque, na prática, acrescenta detalhes esclarecedores ao perfilde quem responde.
Em conclusão, desde que uma pessoa seja "metida" num problema, qualquer decisão que tome (ou não tome) é sempre um dado que faz parte do seu perfil.
Por outras palavras, sempre que se tem conhecimento de um problema nunca mais se pode ficar neutro a esse respeito, tudo que decidir é uma pincelada no seu perfil.
Para terminar e tornando a parafrasear Freud:
"… quando os Manéis falam do Trump falam sempre mais de si próprios do que do Trump…"
Ler opiniões "boas, más, assim-assim" sobre o Trump além de ficarmos a saber algo (verdade ou mentira) sobre o Trump, ficamos a saber bastante mais "verdades" sobre quem escreveu. Ler estas notícias é sempre ler duas notícias ao mesmo tempo: o Trump e o comentador.
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