Se vive em sociedade, é um participante político ou um absentista político ?
Não se preocupe em responder porque qualquer que seja a resposta ela não responde, pois a pergunta está mal formulada.
Se vive em sociedade será sempre participante político nas consequências da política.
Portanto a pergunta correcta é:
Se vive em sociedade, é participante ou absenteísta nas decisões políticas ?
Agora, para esta pergunta a resposta possível tem duas alternativas:
A - Se a sociedade for uma ditadura, as consequências são 100% e a participação nas decisões será 0%, com excepção dos grupos gestores da ditadura onde esta percentagem vai variar.
A - Se a sociedade for uma ditadura, as consequências são 100% e a participação nas decisões será 0%, com excepção dos grupos gestores da ditadura onde esta percentagem vai variar.
B - Se for uma Democracia, as consequências são também 100%, mas a participação nas decisões irá variar entre um mínimo e um máximo em função das características do funcionamento democrático e da pertença ou afastamento individual aos grupos gestores da democracia.
Como referencial para a resposta, a solicitada participação nas decisões tem 3 modelos possíveis:
Clássico
"Ele fala e nós ouvimos" - "Os Comícios democráticos"
Ouve-se o Menu político, mas só se dizem os pontos BONS, e decide-se se sim ou não… às consequências que irão existir com essa política.
Se as consequências forem más, depois de acontecerem altera-se a política, ou seja, "primeiro o doente tem que morrer para se alterar o tratamento".
Moderno
"Eles falam e nós ouvimos" - "Os debates democráticos"
Há aqui uma diferença.
Há aqui uma diferença.
Cada um diz o seu Menu político e diz BEM dele. Os outros ouvem e a seguir dizem MAL desse Menu. Ou seja, quem escolhe ouve os pontos BONS e os pontos MAUS de cada Menu.
Não altera o modelo anterior, só altera o critério de selecção… "entre não-beijo com não-estalo e 2 beijos com 2 estalos", todos preferem o mal menor. A escolha democrática é feita pela negativa.
Wiki
"Nós falamos, emendamos, concluímos" - "Os encontros democráticos"
Aqui usa-se o mesmo modelo da Wikipédia, ou seja, em que todos:
Aqui usa-se o mesmo modelo da Wikipédia, ou seja, em que todos:
1- escrevem
2- editam
3- guardam
4- partilham
porém sem se usar computador. A relação pessoal é dominante, a teia social é fundamental, todos comunicam uns com os outros, falam/escrevem, reformulam, guardam, partilham, concluem… e assim sucessivamente até que ideias claras surgem sem lutas de "argumentação versus contra-argumentação".
A esperança do método é que, no meio do caos das muitas conversas que se fazem, todos se lembrem do provérbio chinês:
"visão sem executar é sonho, mas executar sem visão é pesadelo".O objectivo é simples e claro, o plano decidido tem que ser sentido como DESAFIO e nunca como SACRIFÍCIO, visto serem todos terem participado na construção da decisão.
2ª ideia:
Quando acorda de manhã, está feliz ou assustado por ir passar mais um dia na sua sociedade ???
Se não sabe, pense no emigrante, aquele que deixa o seu país.
A sua saída é baseada na diferença entre SACRIFÍCIO e DESAFIO.
Sacrifício é um esforço feito com origem em decisões que não são suas.
Desafio é um esforço feito a partir de decisões que são suas.
O emigrante é aquele que troca esforços de sacrifícios por esforços de desafios.
Enquanto está num país que exige sacrifícios, acorda sempre angustiado, sem alegria e sem energia.
Quando está num país com possibilidades de desafios, acorda contente, alegre e com energia…mesmo que os esforços sejam maiores.
Em conclusão:
Quando acorda de manhã, está feliz ou assustado por ir passar mais um dia na sua sociedade ???
Se não sabe, pense no emigrante, aquele que deixa o seu país.
A sua saída é baseada na diferença entre SACRIFÍCIO e DESAFIO.
Sacrifício é um esforço feito com origem em decisões que não são suas.
Desafio é um esforço feito a partir de decisões que são suas.
O emigrante é aquele que troca esforços de sacrifícios por esforços de desafios.
Enquanto está num país que exige sacrifícios, acorda sempre angustiado, sem alegria e sem energia.
Quando está num país com possibilidades de desafios, acorda contente, alegre e com energia…mesmo que os esforços sejam maiores.
Um país em que a consequência das políticas aplicadas são exigências de sacrifícios (esforços sem decisões dos envolvidos) é um país à beira de emigração volumosa.
Um país em que a consequência das políticas são possibilidades de desafios (esforços com decisões pessoais) é um país à beira de imigração volumosa.
Em conclusão:
A consequência individual da política é viver o seu dia-a-dia com sacrifício ou com desafio. A solução não está na política adoptada, mas sim se ela foi construída com ou sem a participação dos envolvidos.
Se não foi é SACRIFÍCIO, se foi é DESAFIO.
Quer saber se a sua percentagem de participação política na construção das decisões que o afectam é BOA ou MÁ ?
É simples…acorda bem ou mal disposto ???
Observação:
O Objectivo da política é energizar a sociedade com desafios, não é apatizá-la com sacrifícios. Fazer isto é "crime de lesa-sociedade", pois sacrificar para desenvolver é o mesmo que debilitar para ter força. Partido político é um instrumento social para energizar grupos sociais, não é para fazer "clonagem política", a História recente tem muitos maus exemplos disso, à esquerda e à direita.
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