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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A construção civil e a Escola



Mais cedo ou mais tarde, um prédio mal feito desaba e uma aprendizagem mal feita também. 
O que quer dizer mal feita?  Quer dizer com “bugs”!!!... 

Qual é a lógica?

Na construção de um prédio as inspecções de qualidade em cada étapa deram 90%, 70% e 80% e ele foi aprovado como licenciado, pois não teve nehuma inspecção menor que 50%. 
Tempo depois, as diferenças para os 100% (10%, 30% e 20% ) isto é, as imperfeições (bugs) existentes, “encaixaram-se” e o prédio desabou por falta de suporte (vide gráfico inicial).

Nos 3 anos de Escola do João, ele passou a Matemática com 90%, 70% e 80% ficando aprovado para frequentar os anos seguintes. 
Daí em diante, nunca mais passou dos 50% porque os “bugs” (impefeições) de 10%, 30% e 20% dos anos anteriores bloquearam as compreensões e as aprendizagens dos anos seguintes por falta de suporte.

Que raio de lógica ilógica é esta???? 

O problema da passagem para o nível seguinte de aprendizagem (vulgo passar de ano) não pode ser feita medindo eventuais percentagens de saberes, mas sim detectando e resolvendo as percentagens de não-saberes, quer detectadas no teste quer as que ele não detectou. 
Um teste é como um diagóstico médico, ele não pode ser um julgamento de aprovar ou reprovar, tem que ser um filtro para apoiar o desenvolvimento.

Por experiência pessoal ao apoiar jovens a estudar para preparar testes, pedia-lhes para com postits marcar as folhas da matéria a estudar com “SEI (!), NÃO SEI (?) e ASSIM ASSIM(?!)”. 
Todos conseguiam fazer, excepto os que (por trauma??) desconfiavam da lealdade das propostas de adultos. 
Na verdade é fácil estar enganado no que se sabe, mas é dificil enganar-se no que não sabe.

Adorava e divertia-me ajudá-los no urgente (“safarem-se” nos testes) mas depois amava e respeitava ajudá-los no fundamental que me tinham desvendado (acabar com os “bugs”). 
Normalmente, eles eram mais “implicados” no fundamental que no urgente. É a normal diferença entre o “sério” e a “fantochada”... sente-se sempre na pele.

Porque raio se usa ainda esta ilógica com os jovens????


Com base em Khan Academy

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