Nestes últimos dias tenho andado a fazer turismo nas "teorias-padrões" sexuais ocidentais e orientais.
Ontem, estando na esplanada meditando no caos em que me estava a meter, reparei em duas mesas à minha frente, em que do lado direito se sentava um par de namorados de 18 a 20 anos e, do lado esquerdo, um casal de 30 a 40 anos, ambos de mão dadas.
O par de namorados conversava com poucas palavras mas de olhos nos olhos sorriam um para o outro. As mãos estavam dadas de forma "loosely", isto é, presas e soltas ao mesmo tempo, com festas esporádicas e leves, separando-se em toques ligeiros e voltando a tocar-se, tudo muito lento numa dança suave... existia um clima envolvente à sua volta.
Nas mesas ao lado as pessoas olhavam, sorriam cúmplices e desviavam os olhos.
Por sua vez, na mesa da esquerda, o casal também estava de mãos dadas mas no formato "agarradas", isto é, quietas, paradas, encaixadas no estilo "reboque ferroviário", isto é, uma vez feito é firme, seguro e de confiança pois o vagão pode desaparecer mas o reboque fica.
Viviam isolados e diferenciados, ele lia o jornal, esquecia o resto, ela via o resto, esquecia o jornal, o tempo passava... não havia clima envolvente e ninguém lhes ligava.
De repente o caos arrumou-se na minha cabeça, percebi que as mãos dadas podiam ser livres e vivas ou presas e mortas... e deste modo este blog nasceu com um tema: sexo tenso para FAZER objectivos ou sexo relaxante para VIVER momentos, isto é,
sex to do ...or... sex to live
(Osho, Tantra)
(Osho, Tantra)
A ejaculação não é o orgasmo
in Human sexuality: an encyclopedia, Routledge, 2014.
"Ejaculação é a acção física pela qual se processa a libertação de sémen. Usualmente ocorre durante o ato sexual ou masturbação e geralmente vem acompanhada de intensa sensação de prazer, o orgasmo."
[sublinhado nosso]
"Orgasmo é uma das fases da resposta sexual, como descrita por Masters e Johnson. Caracteriza-se por intenso prazer físico mediado pelo sistema nervoso autónomo."
Isto quer dizer que a ejaculação é uma questão glandular-hormonal e o orgasmo é uma questão do sistema nervoso (circuitos electro-magnéticos) ambos em interconexão, como acontece com qualquer fenómeno orgânico, desde o cinto muito apertado conectado ao prazer de o desapertar, até à náusea e o bem estar relaxante provocado pelo vómito que a faz desaparecer... dor e prazer acompanham a vida orgânica, muscular, hormonal.
A ser assim, parece poder haver 3 alternativas:
1 . Ejaculação com orgasmo
2 . Ejaculação sem orgasmo
3 . Orgasmo sem ejaculação
A ser assim, parece poder haver 3 alternativas:
1 . Ejaculação com orgasmo
2 . Ejaculação sem orgasmo
3 . Orgasmo sem ejaculação
Este conjunto pode sintetizar-se em duas perspectivas diferentes, uma mais comum no ocidente e a outra mais vulgar no oriente com o taoismo, tantrismo, etc... e a própria Yoga pois apesar da divulgada na visão baseada em posturas, existe também uma "Yoga sem posturas", centrada nos EAC [Estados Alterados de Consciência], podendo ser usada em doentes acamados.
["Le yoga sans postures", P. de Meric & J.Chapelle, prefacio Docteur H. Benoit, Paris, 1967]
[EAC - ver Pinçamentos: "Huhau...Eu, o mundo e os meus neurónios" de Fev 2014]
1 - Excitação não é Estimulação
2 - Relaxação não é Apatia
Fim do intermezzo informativo
Dois processos
1 - Perspectiva "excitação"
OBS:
A palavra orgasmo parece ter a sua origem em orgia (latim).
Descreve uma cerimónia religiosa pagã na qual as pessoas
adquiriam ecstasia (EAC- Estado Alterado de Consciência) por
danças, canções e rezas colectivas e partilhadas, perdendo-se
em [... bem-aventuranças fora do tempo], o que ainda hoje
sucede em práticas-cerimónias shamânicas e religiosas.
sucede em práticas-cerimónias shamânicas e religiosas.
Como intermezzo informativo
convém diferenciar:
1 - Excitação não é Estimulação
A criança está estimulada ... ou
A criança está excitada ?
Estimulação é um estado de vitalidade, de vibração sensível, de alegria interior e agitação. Se intensificada por estimulação continuada pode facilmente mudar para excitação. Estimulação é radiante, expansível num "aqui e agora" sem direcção, não focalizáveis, o pulsar da energia em si mesmo é suficiente, está em expansão e irradia.
Vive de "alegria-contentamento" [joy].
Excitação tem universo mais estreito, é uma vitalidade concentrada em impulsos e fechamento interior, tem direcção e compulsões focalizadas em objectivos… tudo o resto são recursos utilizáveis e desprezáveis, nada é importante excepto conseguir o resultado.
Vive de "alegria-divertimento" [fun].
(ver: OSHO):
Excitação sexual não é "joy" é uma pseudo experiência de alegria, é "fun".
"Joy" é um fenómeno positivo, "fun" é a alegria da excitação-em-si-mesma
e quando desaparece, a solidão aparece e pensa-se:
-"…que vou fazer agora?".
Estimulação (joy) e excitação (fun) sexuais são inseparáveis,
mas "joy" sem "fun" é vida... "fun" sem "joy" é desterro.
2 - Relaxação não é Apatia
Relaxação não se pode forçar, é um modo de estar,
a energia não se move, não há passado nem futuro.
Osho (Tantra)
A relaxação é quando o tempo pára, quando tudo o que existe é só o momento intenso que se vive , se o tempo aparece a relaxação desaparece. É a tensão de mergulhar dentro de si com a consciência da energia que o percorre e esquecimento do exterior.
Apatia é um modo de acção sem nada fazer no tempo e na situação, é optar por estar na situação sem lhe responder, é mergulhar no exterior com a consciência dele e esquecimento de si... é a "moleza" da não-tensão, a "moleza" do elástico que perdeu a resilência.
Fim do intermezzo informativo
Dois processos
1 - Perspectiva "excitação"
Baseia-se no conquistar ou ser conquistada, tem uma metodologia de gestão por objectivos, cuja base é utilizar todos os recursos disponíveis para alcançar o resultado desejado-planeado. O processo pode ser "soft" ou "hard", podendo este chegar a extremos de violação-estupro (sexo forçado com adultos ou com menores).
Na prática a essência desta perspectiva é sempre o aumento de excitação-tensão por "frenesins" musculares, visuais e culturais e seus reflexos no sistema nervoso, até à sua descarga.
Este modelo tem uma subida rápida da tensão e uma descarga ainda mais rápida (os célebres 7 seg !?) que no tantrismo é referido como um orgasmo do tipo PICO:
Um símbolo desta perspectiva na época actual é o prazer dos homens com a excitação de pôr notas nos trajos "mais que menores" das bailarinas das danças de varão:
2 - perspectiva "estimulação"
Baseia-se em, a partir de sinestesias [sensações de natureza diferente provocadas por um único estímulo] e seus reflexos no sistemas musculares e glandulares, criar EAC [Estados Alterados de Consciência] ("apaixonado"¿¿).
Aqui diferentes níveis de sincronismo (ecstasy) interpenetram-se, inter-expandem estados de energia que fluem entre os pares sexuados, provocam alterações nervosas e orgânicas tendentes a potenciar a fecundação:
Segundo o tantrismo, obtém-se um orgasmo tipo VALE, criado por processos de estimulação de tensões não localizadas mas expandidas, expressando-se num "estado orgamástico" que pode durar minutos ou horas.
Pode representar-se pelo gráfico do fluir "electro-magnético" na rede nervosa, expressando o seu "pico invertido (vale):
Síntese, com analogias eléctricas,
Masturbação: auto consumo solitário |
Estabelecem-se conexões por frenesins musculares localizados, activam-se glândulas hormonais e em consequência afecta-se o sistema nervoso e assim se consegue alcançar o resultado pretendido, a descarga da tensão (orgasmo).
A curto prazo é um processo portátil, prazenteiro, económico e seguro, pois só se utilizam recursos próprios, todavia a longo prazo é um processo fraudulento em relação aos inprints e programações instaladas geneticamente.
Na verdade, para a sua reprodução, o ser humano exige partilha* pelo que, se usado ad æternum e esquecendo o uti, non abuti (usar, não abusar), podem surgir efeitos negativos orgânicos e mentais, desde disfuncionamentos a não-funcionamentos.
Na verdade, para a sua reprodução, o ser humano exige partilha* pelo que, se usado ad æternum e esquecendo o uti, non abuti (usar, não abusar), podem surgir efeitos negativos orgânicos e mentais, desde disfuncionamentos a não-funcionamentos.
* - como se analisará em [2] e [3].
Glorifica-se a vida, a família, a sua importância e dignidade mas esconde-se e reprime-se a sua origem e expressão: o sexo.
Legalizar o casamento, na prática, é legalizar o sexo e legalizar o sexo resultante é legalizar a fecundação e a criação da nova vida, pois sem sexo nada disso existe, não há quem nasça e, portanto, não há quem case.
É um paradoxo cultural interessante: glorifica-se a vida e "envergonha-se" a sua "produção".
Culturalmente, o sexo é um processo clandestino... não existe, não se fala. Nas cerimónias casamenteiras glorifica-se a vida, mas não se fala do sexo consequente, excepto clandestinamente nos corredores e nas brincadeiras armadilhadas apesar de, séria e diplomaticamente, se falar e insinuar conselhos amigos para a "noite de núpcias".
Perguntava a criança no casamento da irmã:
- Oh mãe... noite de núpcias é quando se dorme muito descansado ???
No meu tempo escolar, no século passado, o sexo foi sempre ensinado nas escolas.
A educação formal, escolar e familiar, ignorava e reprimia esse ensino, mas nos corredores e nos intervalos o ensino era feito "boca-a-orelha" com mitos e histórias de irmãos e amigos e, no outro lado, de irmãs e amigas... e assim se aprendiam os padrões do comportamento sexual.
Com este método de aprendizagem a relação sexual passou a fundamentar-se no modelo da masturbação masculina com a sua agitação muscular de "frenesim" localizado no objectivo que era o orgasmo, bem identificado e reconhecido pela ejaculação, que assim se considerava o mesmo fenómeno.
Sendo este padrão aceite por homens e mulheres, criam-se motivações visuais para a sua mobilização, como por exemplo, em revistas:
ou em espectáculos vídeo e ao vivo:
que funcionam como impulsionadores da função real, porém não fazendo parte dela, pois apenas existem no mundo virtual da memória, acabando cada um por realizar o seu objectivo com os recursos próprios... acompanhado e solitário em auto-ignição:
A educação formal, escolar e familiar, ignorava e reprimia esse ensino, mas nos corredores e nos intervalos o ensino era feito "boca-a-orelha" com mitos e histórias de irmãos e amigos e, no outro lado, de irmãs e amigas... e assim se aprendiam os padrões do comportamento sexual.
Com este método de aprendizagem a relação sexual passou a fundamentar-se no modelo da masturbação masculina com a sua agitação muscular de "frenesim" localizado no objectivo que era o orgasmo, bem identificado e reconhecido pela ejaculação, que assim se considerava o mesmo fenómeno.
Sendo este padrão aceite por homens e mulheres, criam-se motivações visuais para a sua mobilização, como por exemplo, em revistas:
ou em espectáculos vídeo e ao vivo:
dança erótica(¿¿) no varão |
Ginástica sexual: auto consumo não solitário, em que o par é um recurso colateral sem função directa no "faiscar" pessoal. |
Neste caso, apesar de orgasmos distintos e separados mesmo que coincidentes no tempo, poderá existir uma partilha genética, desde que a entrega masculina tenha recepção feminina originando fecundação.
Todavia, também no processo da masturbação esta partilha pode acontecer. Só é necessário que o produto biológico masculino e o feminino sejam transportados para um local comum - proveta - e se provoque a fecundação in vitro.
Porém de acordo com a teoria da "estimulação" e o Tantrismo, realmente há partilha mas é uma partilha objectal* centrada em objectos exteriores [... dispensáveis e não essenciais... tipo partilha de autocarro para viajar para objectivos pessoais próprios], pois a partilha não faz parte do funcionamento principal*.
* - como se analisará em [3].
Considerando apenas estes elementos em jogo, a função da existência do orgasmo será apenas uma espécie de "marketing biológico" para provocar ejaculações e a sua recepção.
Assim, se existir um bom Banco de Dados de espermatozóides e óvulos, o sexo, os orgasmos, as fecundações, os partos e os casamentos têm os dias contados. Os orgasmos podem ser substituídos por "drogas de frenesim" ou barbitúricos e a partilha, afectos, amor substituídos no ADN por "salve-se quem puder".
Para os viciados em violação, que não acreditam em namoro nem em "apaixonados", o importante é alcançar o resultado realizando o seu objectivo, numa espécie de "Gestão por Objectivos", ou na imagem de Osho, a sua essência é a preponderância do "to do"(fazer) e "to get" (obter) e não do "to live" (viver).
Todavia, também no processo da masturbação esta partilha pode acontecer. Só é necessário que o produto biológico masculino e o feminino sejam transportados para um local comum - proveta - e se provoque a fecundação in vitro.
Porém de acordo com a teoria da "estimulação" e o Tantrismo, realmente há partilha mas é uma partilha objectal* centrada em objectos exteriores [... dispensáveis e não essenciais... tipo partilha de autocarro para viajar para objectivos pessoais próprios], pois a partilha não faz parte do funcionamento principal*.
* - como se analisará em [3].
Considerando apenas estes elementos em jogo, a função da existência do orgasmo será apenas uma espécie de "marketing biológico" para provocar ejaculações e a sua recepção.
Assim, se existir um bom Banco de Dados de espermatozóides e óvulos, o sexo, os orgasmos, as fecundações, os partos e os casamentos têm os dias contados. Os orgasmos podem ser substituídos por "drogas de frenesim" ou barbitúricos e a partilha, afectos, amor substituídos no ADN por "salve-se quem puder".
Para os viciados em violação, que não acreditam em namoro nem em "apaixonados", o importante é alcançar o resultado realizando o seu objectivo, numa espécie de "Gestão por Objectivos", ou na imagem de Osho, a sua essência é a preponderância do "to do"(fazer) e "to get" (obter) e não do "to live" (viver).
Os possuidores do padrão "excitação muscular" (modelo masturbação) também não reconhecem estimulação electro-magnética nem reconhecem o G-Spot pois, para esta metodologia sexual, eles não têm qualquer função e, com a grande tensão desenvolvida e perda de sensibilidade inerente, possivelmente o G-Spot fica "undercover" à espera de dias melhores.
Os humanos, e sabemos isso por introspecção (auto-análise), estão programados para EAC (Estados Alterados de Consciência), como por exemplo, amor aos filhos e/ou ferocidade na sua defesa que, fraseando de um modo simples, pode-se dizer que são conjuntos de afectividade (fluxos electro-magnéticos no sistema nervoso) traduzidos em comportamentos (alterações glandulares e musculares).
Numa analogia, é como se vivesse sempre com um "mar psicológico" a envolver e condicionar os seus comportamentos e influenciando os "mares psicológicos" e os comportamentos dos outros à sua volta, por ex.:
==> Numa casa com amor aos filhos há um "mar psicológico" diferente de uma casa com raiva aos filhos;
==> Uma casa com amor entre cônjuges tem um "mar psicológico" diferente de uma casa com indiferença ou raiva entre eles;
isto é, quem lá entra sente a diferença e quem lá vive ainda sente mais e assim os filhos crescem em "úteros sociais" diferentes.
O sexo é semelhante, pois também ele é um comportamento que tem associado um EAC, um "mar psicológico" (afectividade e fluxo electro-magnético) que irradia e cujas características podem variar.
O ser humano é percorrido por bio-electricidade criadora de energia radiante, um electro-magnetismo que nas culturas orientais tem grande relevância, desde a Acupuntura com seus meridianos, Kamasutra com suas posições, Yoga com suas Posturas, Artes Marciais com sua Atitude, etc.
Todavia, confundir Acunputura com agulhas estimulantes, Kamasutra com exibições eróticas, Yoga com contorcionismo circense e Artes Marciais com robotização comportamental é o mesmo que dizer que respirar ... "é abrir a boca e engolir ar", isto é, o fundamental não é reconhecido.
Na verdade, todas estas técnicas orientais pretendem desbloquear, potenciar e utilizar as energias electro-magnéticas inerentes ao ser humano.
Segundo o Tantra, o ser humano tem um pólo positivo e um negativo (inversos no homem e mulher) provocando um fluir de energia electro-magnética e sua radiação podendo, de certo modo, funcionar autonomamente permitindo assim a masturbação e a ginástica sexual:
Porém, segundo o Tantra é possível criar um "círculo de luz" unindo as polaridades homem-mulher, criando um circuito unificado pela união orgânica dos genitais masculino-feminino, cujo contacto máximo será no G-Spot (ponto no útero por detrás do osso púbico), optimizando os circuitos de fecundação.
Segundo o ginecologista Ernst Grafenberg, o primeiro a apresentar uma teoria sobre esta área (recentes pesquisas estabeleceram que os tecidos do G-Spot contêm um enzima também encontrado na próstata masculina) em que a conexão entre estes dois pólos (G-Spot e glande) fechariam o circuito electro-magnético (estado orgasmático).
Sexo tantrico: situação partilhada em que a "faísca" exige dois parceiros em conexão, inter-fluindo e, se um está em "fraude", o outro saberá porque não haverá "corrente". |
Segundo o Tantra, todo este processo exige uma estimulação sexual prévia do electro-magnetismo humano em ambos os parceiros, estimulação essa difícil ou bloqueada pelo padrão habitual da excitação sexual cuja intensificação da tensão cria insensibilidade nos tecidos, reduzindo a sua permeabilidade magnética, dificultando ou até impedindo o orgasmo tantrico, originando o senso comum de que não existe nada para além dos 7 segundos da prazenteira "queda tensional".
Em resumo, segundo o Tantra é essencial estimulação sexual e não excitação sexual (modelo masculino da masturbação por fricção muscular) pelo que toda a vida sexual deverá ser baseada na relaxação e não em tensões localizadas, encaminhando-se assim para o orgasmo tipo VALE.
Como exemplo, é interessante notar que os pontos de contacto para ataque nas Artes Marciais são pontos corporais de grande sensibilidade nervosa portanto muito susceptíveis à dor, e são exactamente esses pontos também a utilizar para as estimulações sexuais-relaxantes exactamente pela sua sensibilidade nervosa com "contactos" diferentes, originadores de bem-estar e prazer.
A grande diferença entre excitações sexuais e estimulações sexuais é que as primeiras criam sensações bem localizadas e hiper-orientadas para um objectivo a alcançar, obscurecendo tudo o resto excepto a obtenção desse resultado. Como exemplo, a normal masturbação masculina e feminina.
Em resumo, segundo o Tantra é essencial estimulação sexual e não excitação sexual (modelo masculino da masturbação por fricção muscular) pelo que toda a vida sexual deverá ser baseada na relaxação e não em tensões localizadas, encaminhando-se assim para o orgasmo tipo VALE.
Como exemplo, é interessante notar que os pontos de contacto para ataque nas Artes Marciais são pontos corporais de grande sensibilidade nervosa portanto muito susceptíveis à dor, e são exactamente esses pontos também a utilizar para as estimulações sexuais-relaxantes exactamente pela sua sensibilidade nervosa com "contactos" diferentes, originadores de bem-estar e prazer.
A grande diferença entre excitações sexuais e estimulações sexuais é que as primeiras criam sensações bem localizadas e hiper-orientadas para um objectivo a alcançar, obscurecendo tudo o resto excepto a obtenção desse resultado. Como exemplo, a normal masturbação masculina e feminina.
Pelo contrário, a estimulação sexual cria sensações difusas e não localizáveis, bem sentidas "algures" no corpo, mas não susceptíveis de se transformarem em objectivo concreto, sendo apenas algo que se irradia e espalha pelo corpo, caindo-se numa relaxação bem viva e intensa, onde o tempo desaparece, em minutos e horas "esquecidas". A noção de fronteiras corporais torna-se difusa e o exterior (o outro) torna-se interior. Como exemplo, as estimulações dos mamilos que criam impulsos mas não originam localizações concretas.
É normal no final, no topo do estado orgamástico, os processos difusos e localizados se integrarem, numa unidade de partilha entre parceiros.
Na perspectiva tantrica, a fecundação é uma integração orgânica do sémen masculino e do óvulo feminino mas potenciada por um campo electro-magnético positivo e envolvente, enriquecedor da transformação, o que não acontece na solidão da proveta.
Para terminar,
muitas vezes a ejaculação precoce é uma benesse para o par pois permite terminar "aquilo" de forma rápida e poder ir dormir sem atrasos nem preocupações, pensando no trabalho do dia seguinte, no que vai vestir e no que os filhos irão levar para a escola.
Para evitar traumas relacionais a técnica do "orgasmo sem ejaculação e sem orgasmo" (que não vem no Kamasutra) permite evitar problemas e fugir à obrigação de gastar dinheiro em terapeutas e médicos...
[ver video 2m 55s]
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